sábado, 15 de abril de 2017

“A FÉ QUE SALVA E AS OBRAS QUE CONTRIBUEM PARA TAL.”


Graça e Paz amados!

A Bíblia nos alerta que haveria dias em que falsos mestres, profetas e doutores estariam entre nós, povo de Deus para nos roubar a salvação. Mas como isto poderia se dar se estamos todos os dias meditando nos ensinamentos de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo?
Bem, a razão me diz e me convenço cada dia mais que é justamente por sermos tão dedicados aos estudos das Sagradas Escrituras e fiéis ao nosso Deus que podemos e seremos enganados.
Vejamos que são justamente os mestres e doutores os responsáveis por nos ensinar os caminhos a seguirmos e os profetas, se bem que minha concepção de profeta é outra, a nos transmitirem os editos de Deus, suas palavras e mandamentos para os dias atuais.
Como disse a minha concepção de profeta é bem diferente de muitos, se não de todos. O único Profeta que sigo e no qual deposito a minha fé e confiança chama-se “Bíblia Sagrada”. Ela é a portadora dos editos, das promessas e dos mandamentos de Deus para a vida do Homem.
Então quando a Palavra nos ensina que falsos profetas surgiriam, eu e digo eu, entendo que estes profetas são os livros que tentam explicar e nos dar um conhecimento a mais que a Palavra de Deus. Mas bem sabemos que estas Palavras testificam de Nosso Senhor Jesus. Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;
Jo. 5:39. E aquele que dela retirar ou acrescentar algo será amaldiçoado com as pragas nela contida e será retirado do livro da vida:
“Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro.” Ap. 22:18,19.
Mas deixemos assim por enquanto, só não se esqueçam de que os falsos profetas são escrituras que tentam adicionar ou retirar algo das Escrituras Sagradas.
Então sendo estes os falsos profetas, logo os falsos mestres e doutores são os que ensinam tais doutrinas, que se baseiam e escrevem tais aberrações. O crente em Jesus Cristo tem que entender de uma vez por todas de que não precisa de nada além de sua fé para ter o direito a salvação e vida eterna, não precisa de pastores, de igreja, de ser dízimista, de construir grandes
Templos, de promover grandes feitos, de realizar sacrifícios, de ouvir o que os profetas da atualidade dizem, de seguir o que os mestres da atualidade ensinam ou o que os doutores da atualidade revelam.
O que o crente necessita e sempre necessitou, foi e sempre será uma única coisa, ter FÉ em Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
” Jo. 3:14-18.
Mas que FÉ é está? Está fé se diferencia da simples crença, da esperança ou dá confiança. Está fé é alicerçada na certeza de que Cristo em um madeiro, tendo suas mãos e pés cravados de pregos, usou uma coroa de espinhos, teve o seu lado furado, suportou as chibatadas em sua carne, carregou uma cruz que Homem algum seria e será capaz de carregar, bebeu do cálice da maldição, se fez maldito por toda a humanidade, foi abandonado por seus amigos, negado por seu discípulo, e na sua amargura, no momento em que se despiu de sua divindade, deixando de ser Deus e Homem, assumindo unicamente a natureza humana foi abandonado por Deus, para sentir em sua morte o desprezo com que Deus tratava os Homens naquele momento. E neste instante ele atraiu para si o peso dos nossos pecados e exclamou: “E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: “Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Mc.15:34
Em uma transliteração do Salmo 22:1.
Veja que neste momento Nosso Cristo não clama meu “Pai, meu Pai”, pois se assim o fizesse Deus desceria e o retiraria daquele madeiro. Mas clamando “Deus meu, Deus meu” Ele clamou no lugar de cada um dos seres viventes, dos que já haviam morrido e dos que ainda iriam nascer. Quando Deus ouviu aquela voz, Ele não ouviu a voz de seu Filho, mas a minha, a sua, a de seus pais, de seus filhos, netos, amigos. Deus ouviu a voz da humanidade e por isto Jesus complementou dando um brado, um brado talvez de vitória e entregou o seu espírito nas mãos do pai, como pagamento por nossa remissão, por nossos pecados.
Se tens está fé, então estas salvo. Ponto final. Não precisamos realizar mais nada. É sim a fé que nos salva e não as obras.
Confira; Ef. 2:8; Rm. 3:27; 1:16; 13:11; Gl. 3:22; Hb. 11:7; 10:39.
Tudo bem, você pode perguntar. Se é a fé que salva única e exclusivamente que salva, o que dizer de Tiago 2:14?
“Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?” Tg. 2:14.
Amados, uma das máximas da Teologia nos diz que um texto fora de seu contexto vira um pretexto. Sendo assim eu não posso afirmar ou basear minha defesa das obras para a salvação apenas neste versículo. Será necessário fazer uma exegese de todo o capítulo, para que eu entenda: O que o apóstolo está querendo dizer; o que ele não está querendo dizer; quais são as obras e por fim devo saber o que é justificação e o que é salvação.
A minha intenção é justamente está, leva-los, e não ensiná-los á estabelecer uma concepção crítica e estruturada desta questão. As conclusões são de cunho particular, mas se você entender a base deste artigo então você certamente entenderá que para a salvação é unicamente necessário ter “FÉ”.
Então mãos a obra!
O que o Apóstolo Tiago está dizendo quando ele pergunta se porventura a fé pode salvá-lo?
Para responder está pergunta temos que responder outra antes. O que o apostolo não está querendo falar?
Na realidade Tiago não está afirmando que a fé é impossibilitada de salvar, se assim o fizesse ele estaria contrariando os ensinamentos de Jesus, dos evangelistas, de Pedro, de Paulo, do Salmista, dos profetas, dos hebreus. Pois todos afirmam que a fé é à base de tudo, inclusive da salvação. Na realidade o próprio Tiago no capítulo primeiro de sua carta enaltece a necessidade de fé “Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência.” Tg.1:3. Então Tiago não está afirmando que a fé não salva e sim as obras. Pelo contrário ele está exortando aos irmãos a não viverem dissolutamente, a não se julgarem melhor que as outras pessoas ou a tratarem as pessoas de maneira diferente somente por possuírem um status diferenciado, uma condição econômica melhor, por serem mais apessoados, mais formosos aos olhos, por serem da mesma família, da mesma vizinhança. Agindo desta forma eles estariam fazendo acepção entre as pessoas, coisa que Deus não faz.
Então está claro que Tiago não falou contra a fé e a favor das obras.
Na realidade ele atrela uma a outra, em uma clara explicação á Hb.6:1 que nos diz: “Por isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus,”.
Veja que o autor da carta aos Hebreus alerta para o erro de se ensinar um novo fundamento, ou seja, uma nova doutrina do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus. Mas porque será que eles dizem isto? Para que os hebreus chegassem a uma maturidade espiritual. E está maturidade não esta relacionada com idade física, mas com a experiência espiritual. Imaturidade exige tempo no estudo da Palavra e na submissão à autoridade da Palavra. Vemos que aqueles crentes mesmo salvos há muito tempo e tendo sofrido pelo evangelho haviam retrocedido porque perderam o apetite pela palavra, à satisfação na Palavra e a submissão à Palavra. E nós devemos ter cuidado com a nossa vida espiritual. Em Hebreus 6:1 vemos a advertência que o escritor da a eles: “Prossigamos até a perfeição”. É de maturidade espiritual que o autor trata aqui. E como você avalia o seu apetite pela palavra de Deus, a sua obediência a vontade de Deus revelada em sua Palavra? O modo como você trata a palavra de Deus é um sinal de maturidade ou imaturidade.
E é exatamente este o papel desempenhado pelo Apóstolo Tiago em seu discurso, ele está querendo levar os seus leitores a descobrirem está maturidade. E os está alertando justamente para que não tenham uma fé morta, fria, apática, uma fé sem ação. A nossa fé tem que ser uma fé acolhedora, desinteressada, desapegada de valores imorais e anti éticos, não apegada a bens materiais ou status sociais. Na realidade Tiago está ensinando a termos uma fé pautada nas obras, mas não nas obras de nossas mãos. As obras da fé não podem ser mensuradas por valores humanos, elas não tem o mesmo valor que, por exemplo, um carro, uma casa, uma par de sapato, uma roupa. Veja que todos estes itens que listei necessitam de uma “obra” da mão humana. As obras da fé na realidade estão muito acima destas, seu valor é sobre maneira muito maior. Mas afinal quais são estas obras? O próprio Tiago nos revela, são obras que não anulam a fé, mas justificam os homens, não os salvam.
“Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecediço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.
Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” Tg. 1:25-27.
Veja que ele exorta seus leitores a liberdade da lei perfeita, para perseverança, mas também paa fazer a obra e abaixo ele lista algumas destas obras, visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.
Porém eu vou além, as obras a que o apostolo se refere são as obras do Espírito que se diferenciam das obras da carne: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. Gl.5:19-21.
Veja o que o Apóstolo Paulo fala a respeito
“Porque nós pelo Espírito da fé aguardamos a esperança da justiça.
Eu, porém, irmãos, se prego ainda a circuncisão (obra da carne), por que sou, pois, perseguido? Logo o escândalo da cruz está aniquilado (obra do Espírito). Eu quereria que fossem cortados aqueles que vos andam inquietando. Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade (obra do Espírito). Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor (obra do Espírito). Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.”.
Estas são as obras do Espírito, as únicas possíveis de justificar e acrescentar algo a salvação: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito. Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.”.
Ai está às obras que complementam a salvação, mas não tem poder em si mesmas para prover a salvação.
“Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.” Gl. 2:16.
Logo a fé salva e as obras do Espírito é que justifica o Homem. O que é então justificação e salvação?
o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.…” (Romanos 8.30).
A Justificação “é um ato da livre graça de Deus, no qual ele perdoa todos os nossos pecados e nos aceita como justos diante dele, somente por causa da justiça de Cristo a nós imputada, e recebida somente pela fé.” (Breve Catecismo de Westminster).
Somos todos inimigos de Deus devido a nossa natureza pecaminosa, por este motivo carecemos de sermos justificados pela fé em Cristo e assim podermos desfrutar de uma completa e perfeita paz e harmonia com Deus (cf Romanos 5.1).
As obras são necessárias para que possamos ter argumentos a nosso favor em razão de nossa defesa. Veja que justificação é o ato ou o efeito de justificar-se ou de ser justificado, par tanto é necessário que se reúnam argumentos para tal.
Como um advogado necessita de argumentos para defender o seu cliente perante o juiz, o promotor de justiça e do júri, assim Jesus necessita destes argumentos, os primeiros serão providos pela fé e já citados anteriormente, quando falei sobre termos fé em sua morte e sua obra vicária. Mas será que somente estes argumentos bastam?
Não, é ai que as obras do Espírito acrescentam em sua defesa e lhe justificam.
“Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”. Mt. 25:35-40.
Veja que mesmo tendo fé, seremos justificados por nossas obras para recebermos o nosso galardão, os que não têm obras receberão um galardão e os que as tem receberão um melhor. Iremos nos espantar quando contemplarmos uma coroa majestosa, magnífica e descobrirmos que é guardada para alguém que tem as suas grandes obras aprovadas por Jesus.
Mas e salvação, no que se diferencia da justificação?
Somos pecadores e destituídos, caídos, estamos da graça divina. Podemos dizer então que estamos desgraçados, e por este motivo somos merecedores de condenação por parte de Deus. Assim como em nosso código penal existem crimes que nos condenam a prisão ainda que em nosso país não tenha pena de morte e nem perpétua, mas os crimes existem. Na lei de Deus que se encontra na Bíblia Sagrada é previsto um único crime que nos condena e neste caso a morte eterna; o pecado. Não existe outro crime na Bíblia, somente um, o pecado, mas com varias variantes e possibilidades. Porém Deus sabendo que a pena capital para este crime, a morte, não encontraria num futuro um defensor e nem uma saída e não sendo Ele, Deus, injusto resolveu providenciar uma forma de perdoar os nossos pecados nos livrando assim da morte e ao mesmo tempo Ele satisfazia a sua justiça. Caminhando então m nossa direção Ele permitiu que Jesus Cristo seu Filho unigênito pagasse a nossa divida com um alto valor o seu sangue. Isto nos proporcionou a condição de obtermos o perdão de nossos pecados e a nossa salvação, por meio da fé em Jesus (cf. Jo.3:14-18)  
Salvação, então significa que ainda existe esperança para nós. Significa que Deus providenciou uma forma de sermos salvos da condenação eterna e justa. A salvação é a esperança que temos de uma nova vida nesta terra e de uma vida eterna no céu na presença de Deus.
Para encerrar deixo para sua leitura e meditação o primeiro capítulo da primeira carta do Apóstolo Pedro.
Graça e Paz a todos!

Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e
Bitínia; Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas. Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,
Para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós,
Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo, Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações,
Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo; Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso;
Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas. Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada,
Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir. Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho; para as quais coisas os anjos desejam bem atentar.
Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo;
Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.
E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós;
E por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus; Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro; Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre. Porque toda a carne é como a erva,e toda a glória do homem como a flor da erva.Secou-se a erva, e caiu a sua flor; Mas a palavra do Senhor permanece para sempre.E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada.



MINISTÉRIO DE EVANGELISMO E MISSÕES NOVAS DE PAZ
Pr. ANDRÉ LUIZ COUTINHO
“Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina”! Isaías 52:7


sábado, 8 de abril de 2017

“A CABEÇA QUE ENCONTRA A SOLUÇÃO É A MESMA QUE CRIA OS PROBLEMAS”


DEVEMOS LEVAR EM CONTA OS ENSINAMENTOS DO VELHO TESTAMENTO E A LEI MOSAICA?
Graça e Paz amados!
Como teólogo eu tenho que desenvolver uma visão crítica e imparcial de todas as doutrinas, ensinamentos, ponto de vista particular ou de uma comunidade religiosa sem me deixar influenciar por minhas concepções e entendimento. Tenho como pressuposto para o desenvolvimento do conhecimento que seja desenvolvido um diálogo que respeite a todas as correntes de pensamento desenvolvidos no decorrer do tempo, mas que devemos também depurar estes se levando em conta o desenvolvimento e avanços do conhecimento humano. O que não se pode abdicar e nem abandonar são as verdades bíblicas e ou teologais que são à base do desenvolvimento de nosso conhecimento espiritual e doutrinário. O que quero dizer com isto? Que nem um entendimento humano mesmo que seja tido como uma verdade teológica está acima das verdades bíblicas. Todos os meus pontos de vista devem e são baseados na Bíblia, mesmo que a verdade bíblica seja contrária aos meus conceitos teológicos devo deixar de lado os meus conhecimentos e pautar meu discurso pelo o que a Bíblia me diz a respeito de determinado assunto. Sendo assim só devo aceitar refutações que estiverem alicerçadas nas verdades ensinadas por Deus, Jesus e pelo Espírito Santo e que estiverem contidas na Bíblia. E só para não deixar duvidas a Bíblia é composta de dois Testamentos ou Alianças, a Antiga Aliança e a Nova Aliança.
Sendo assim não podemos desprezar os ensinamentos e verdades contidos em seu total.
Vamos começar justamente pelas duas Alianças, a Antiga e a Nova. O que você entende por Antigo e Velho Testamento? Esta resposta é de suma importância para que você entenda de vez que o que Deus disse na Antiga Aliança não é desprezado ou abolido por Jesus. Na realidade o próprio Jesus nos diz que ele não veio “ab-rogar” (Mt. 5:17). Ab-rogar significa: por fora de uso, anular, revogar. Vejam que o próprio Jesus está nos dizendo que ele veio ratificar e não retificar as palavras do Antigo Testamento. É como se Ele nos dissesse “Eu assino embaixo tudo o que foi dito no passado e digo mais...”. O que diferencia na realidade o Antigo Testamento do Novo Testamento é a “Graça” que não havia na Antiga Aliança e foi introduzida por Jesus na Nova Aliança. Não é a toa que nós definimos graça como “favor imerecido”. Mas como podemos afirmar que está é realmente a definição correta de graça? Para isto eu lhe indico ler e refletir João 3:16.
Vemos claramente que não éramos merecedores do amor universal de Deus, até ali Ele somente havia elegido o povo Hebreu (Israel) para ser seu povo, isto é o que nos ensina o A.T, mas agora Ele Deus coloca uma nova clausula em seu Testamento. E isto torna nulo o antigo, mas ele o estende a todos os que crerem em Jesus. Então o Antigo Testamento não foi destruído, rasgado, queimado ou jogado fora. O que aconteceu é que agora, como dizemos em nossos dias referentes às leis, ele passou a ter uma nova redação. Uma redação acrescida de novos ditames e de supressão de alguns ritos sacrificais que não são mais necessários para obter o “favor imerecido”. Todos os sacrifícios foram cumpridos em Jesus, não existe maias o ministério sumo sacerdotal, pois Ele Jesus é o verdadeiro Sumo Sacerdote. Ele tomou para si a responsabilidade de entrar no lugar Santo dos Santos diante do Pai levando o nosso sacrifício, Ele próprio, para interceder por aqueles que Nele crerem. Então fica claro até aqui que para vivermos as verdades bíblicas é sim necessário termos a Bíblia com seus Sessenta e Seis livros como regra de fé.
Veja como o Apostolo Paulo define o uso da Lei: “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados”. Gálatas 3:24. Vamos substituir a palavra “aio” pelo seu significado. De maneira que a lei nos serviu de preceptor encarregado da educação doméstica das crianças de famílias nobres ou ricas, criado particular; criado-grave, escudeiro,  para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados” (definição nossa).
Então já vimos que o Novo Testamento é uma complementação do Antigo Testamento e não anula este e que a Lei ou o Antigo Testamento nos educa e nos encaminha a viver pela “fé” para sermos justificados perante Deus e que não precisamos mais dos ritos sacrificais, pois Jesus é o nosso sacrifício santo e Ele próprio é nosso Sumo Sacerdote e nos representa diante do Pai.
Tudo isto foi somente uma introdução para que pudéssemos entrar em na discussão de um tema que tem causado certo desconforto e hesitação não só no meio cristão, mas como na sociedade.
Muitos são os comentários que temos ouvido e lido a respeito do assunto:

PODE UM CRISTÃO SER POLICIAL E UTILIZAR SUA ARMA CONTRA OUTRA PESSOA?
Sei que muitos irão avocar o entendimento dado na Lex Talionis ou Lei de Talião. Primeiro temos que entender que Talião não é uma pessoa e sim termo traduzido do latim. A lex talionis, sendo lex: lei e talio, de talis: tal, idêntico, é apena na rigorosa reciprocidade ou medida do crime e da pena. Pode-se também referir-se a esta lei como retaliação. Usa-se com frequência o termo olho por olho e dente por dente como a expressão máxima desta lei. Mas como fica o cristão diante desta lei? Baseado no relato anterior, devemos nos basear na Bíblia e nos ampararmos nela para justificar nossos atos? Qual a sua opinião a respeito da pena de morte? Das penas de se cortar a mão de quem rouba ou furta? Ou a pena de se aplicar chibatadas? Sentenciar alguém a prisão perpétua?
Esta história de dente por dente e olho por olho, a famosa lei de talião e que nos diz que devemos agir com a mesma intensidade aos males cometidos contra nós ou contra terceiros, não passa de uma interpretação equivocada. Vemos esta máxima com um olhar preconceituoso e extremista. Na realidade trata-se de uma necessidade de se harmonizar a punição e a justiça na busca de um equilíbrio entre o crime e a punição. É uma busca por se obter uma medida justa entre se negar a justiça ou restituí-la. O próprio significado da palavra talio do latim significa “tal”, “igual”, “idêntico”. E o próprio Jesus nos ensina a tratar nosso semelhante de forma “talio”. Confira: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos”. Evangelho de Mateus 5:43-45.
Veja que Jesus está ensinando a tratarmos nossos semelhantes como a nós mesmos. Mas a pergunta aqui é. Quem é meu próximo? E de quem eu sou próximo? Vejam que aqui entramos no senso de justiça. Isto mesmo, o senso de justiça nos remete ao princípio da igualdade que implica em aceitarmos que devemos tratar as pessoas colocadas em situações diferentes de forma desigual.
Dar tratamento isonômico ás partes significa tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exta medida de suas desigualdades”. (NERY JUNIOR, 1999,p.42).
Acontece que na prática tudo nem tudo é claro como na teoria, somos levados por pensamentos extremistas a julgar não pelo exato sentido das expressões, mas á tendência marginalizadora e preconceituosa de nossas interpretações nos levam a desenvolver um pensamento equivocado e ilógico dos reais valores expresso pela até então tão famigerada Lex talio.
Mas o que eu quero com todas está explicação da Lei de Talião em um paralelo com o senso de justiça?
Na realidade eu quero que os leigos, os doutores, os mestres e os doutrinadores tenham um conhecimento, um ponto de vista a mais que os possibilitem a discutir de forma sadia e construtiva os temas polêmicos que tem levado muitos a tecerem comentários e a desenvolverem pensamentos preconceituosos sobre tais temas.

COMO AGIR COM OS MAL FEITORES? 
Será que Jesus ou Deus se agrada ou recrimina uma pena aplicada á um malfeitor? Será que um homicida deve ser realmente tratado da mesma maneira como eu trataria os familiares de sua vitima? Será que devemos dedicar à mesma atenção e tratamento á uma vitima de estupro e para o seu estuprador? Devemos prender o ladrão e sua vitima ou deixar ambos soltos?
É fácil expor a minha opinião sem passar por estes acontecimentos, mas difícil é ter uma posição correta deixando de lado os discursos politicamente corretos e usarmos o senso de justiça e o equilíbrio que realmente a Lex talio quer ensinar.
Claro que eu como cidadão e principalmente como cristão não devo e já mais irei apregoar a justiça com as próprias mãos. As autoridades foram constituídas por Deus, tanto as eclesiásticas como as autoridades seculares e devemos ser submissos tanto á uma com a outra, sob o risco de estarmos agindo contra os desígnios de Deus. Antes de julgar se uma lei secular é ou não arbitrária é necessário que eu faça uma analise dos valores que ela defende. Será que estes valores estão de acordo com as leis de Deus? E essa história de separarmos Antigo e Novo Testamento com a intenção de defender minha posição, uma hora aceitando e outra negando o que um ou outro diz chama-se tendencionismo. Não posso ser tendencioso em meus julgamentos. Se Deus disse que algo é errado, ele o será até a consumação dos séculos. Pecado é e sempre será pecado, não existe pecado maior ou menor, tudo é pecado. Não existe crime sem criminoso e nem pena sem justiça.
Primeiro vejamos o que a Bíblia, e não somente um ou outro Testamento, nos diz a respeito das autoridades.
“Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal. Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra”.
Romanos 13:1-7
Esta é a transliteração do capítulo e dos versículos assinalados, poderão ocorrer divergências nas traduções, mas a sua essência não muda. Vemos que o ensinamento aqui é a obediência e submissão as autoridades constituídas e que a resistência a estas autoridades trará condenação a quem desta forma agir. Paulo ainda vai além dizendo que as potestades, autoridades, são terror apenas para os que agem mal. Entendemos que este terror inclui toda penalidade para quem age contrário a lei emanada destas autoridades. Quem agir contrário à lei trará sobre si a condenação. Mais adiante Paulo diz que alem de serem ministros de Deus, são vingadores para castigar o que faz o mal. E a estas autoridades devemos pagar os tributos, impostos e a honra a quem de direito for. E a justiça destas autoridades empunha a espada não debalde, ou seja, não traz a espada nas mãos por enfeite, mas aquele que empunha uma espada o faz para usa-la.
Não temos que ver a espada como um mero instrumento de morte, uma reles arma, na realidade a espada simboliza antes a justiça, a autoridade o poder outorgado por Deus.
Mas onde encontramos parâmetros para afirmar que devemos tratar os iguais como iguais e os diferentes como diferentes, já que vimos que as autoridades tem em suas mãos a espada da justiça e do poder delegado por Deus? E como agir com justiça e equidade diante de situações que coloquem as vidas das pessoas em nossas mãos?
Já disse que justiça com as próprias mãos não é o caminho e caracteriza crime. Então agredir alguém só porque fui agredido me coloca na mesma esfera de julgamento de meu agressor. Matar quem matou um ente querido ou um amigo me torna tão criminoso quanto. Então devemos deixar que as leis e seus magistrados decidam o que fazer e quem deve fazer.
Como Deus delegou o poder às autoridades, estas delegaram aos seus agentes o poder de cumprir e de fazer cumprir suas leis. Quem agride será levado diante do juiz para ser julgado por seu crime, quem mata ou estupra a mesma coisa, porém as penas serão distintas e maiores de acordo com o crime. Mas e os que decidem não se colocar debaixo da mão da justiça e a não ser levado diante do juiz? Bem estes certamente oferecerão resistência e não se entregarão com facilidade, e se necessário for matarão para não serem punidos por seus crimes.
E ai o que devemos fazer? O que a Bíblia diz a respeito?
Vamos ao livro de Mateus Capítulo 5.
5 – Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
6 – Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
9 – Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
17 – Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir.
Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido.
18 – Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
20 – Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.
21 – Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.
22 – Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.
Bem, temos aqui a cerne e celebre passagem do Sermão da Montanha onde Jesus proferiu as bem-aventuranças para o povo é justamente escolhi três destas para tentar esclarecer os pontos obscuros acima colocados por mim.
No versículo 5 Jesus diz que os mansos herdarão a terra, quer dizer que os violentos, os roubadores, os matadores entre outros não terão direito a esta herança. Estes serão deixado de fora, serão lançados no fogo que arde continuamente.
No versículo 6 Jesus diz a os que te fome e sede de JUSTIÇA se fartarão, ou seja terão a justiça feita de forma que se saciarão das suas benesses, benesses da justiça.
No versículo 9 vemos que Jesus chama a um grupo em especial para serem tratados de filhos de Deus, os PACIFICADORES. E o que significa este adjetivo/substantivo: Substantivo Masculino Pacifista; aquele que restabelece a paz; quem busca pacificar, apaziguar: o pacificador do conflito. Adjetivo Pacificante; capaz de pacificar, de promover a paz: acordo pacificador. 
Então os que buscam, promovem, lutam pela paz são chamados de filhos de Deus.
Por que será que no versículo 20 Jesus nos faz uma advertência? “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus”. Tanto uma quanto a outra classe de judeus apregoavam as verdades bíblicas sem as cumprirem em seu todo, daí deriva o termo pejorativo de fariseu, aquele que diz o que ensina o que não cumpre. Eram conhecedores das leis, mas não as cumpriam e ainda ensinavam e cobravam do povo o cumprimento destas. E os escribas eram soberbos, conheciam as leis e guardavam estes conhecimentos para si como se fossem fieis detentores das Palavras de Deus. Ambos faziam o povo errar por falta de conhecimento verdadeiro.
Já no versículo 21 Jesus cita uma das leis mosaica, “não matarás” (Ex. 20:13; Dt. 5:17) justamente para explicar o que ela não queria dizer. Assim como toda lei secular precisa de um regulamento Jesus regulamenta está lei. Lembre-se que já foi citado, que Jesus não veio anular a lei, mas fazer com que ela se cumprisse. Ele cita a lei do homicídio e a regulamenta no versículo seguinte; 22 – Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.
Quero que você entenda que Jesus fez um parêntese em sua explanação e que põe um ponto final em todas as discussões a respeito de que se eu matar alguém, serei ou não condenado! Veja que foi posto como uma condição para se condenar alguém por homicídio, agressão, ira, maledicência (falar mal de alguém), ofensa verbal e tudo quanto for uma forma de agressão ou difamação do próximo: Sem motivo!
Quem agir assim, sem motivo será réu de juízo. Mas e se alguém reagir a uma agressão injusta, atual ou iminente, direito próprio ou alheio, que pode ser repelida usando-se moderadamente dos meios necessários. Estará passível de condenação?
É disto que eu estou falando Quem age de acordo com a lei não encontra condenação, seja na lei secular ou na divina. Não matarás, dependendo da situação. Jesus disse isto e a lei do homem diz a mesma coisa. E veja que não se trata somente de quem age em cumprimento ao seu dever legal.
Você já deve ter ouvido falar do “vingador de sangue”, se anda não leia as referências abaixo e entenderá melhor: Números. 35:19; 24; 27;Deuteronômio. 19:12; Josué. 20:5. Confira também as seguintes passagens bíblicas: Salmos 9:12; 1Samuel 25:33; Apocalipse 6:10; 2Reis 9:7; Números 35:12; Deuteronômio 32:43; Joel 3:21; Números 35:21;25; Josué 20:3; 1Samuel 25:26; 2Samuel 14:11; Deuteronômio 19:6; Josué 20:9; 1Samuel 25:31.
Entenda que qualquer um que agir em sua defesa, na defesa de sua família, de sua casa, de seu emprego, dos bens que estejam colocados sob a sua guarda não peca se agir de acordo com a lei. Do homem se agir a uma injusta agressão e com meios moderados e pela de Deus pelo mesmo motivo, usando de uma ação pautada por um motivo. Por isto que a lei de talão antes de querer que se puna com o mesmo rigor da agressão, ela nos quer ensinar a medirmos nossas ações e agir na medida moderada e necessária.

E ENTÃO CRISTÃOS QUE SÃO POLICIAIS, OU AGENTES DE SEGURANÇA PODEM, OU NÃO MATAR?
No meio policial seja ele Militar, Federal, Civil, Guardas Municipais, Forças Armadas, Seguranças Patrimoniais, Agentes Penitenciários, Promotores, Juízes existem vários Cristãos. Todas estas profissões são extremamente de alto risco e tem seus perigos, por isto seus integrantes são autorizados a andarem armados em horário de serviço ou fora dele. E com certeza irão se deparar com ocasiões onde terão quefazer uso de suas armas para reprimir uma agressão, um crime. Terão que desta forma atirar em alguém ferindo ou até matando-o. Será um momento de tensão, não somente pela situação de confronto, mas pela difícil escolha de ter que matar alguém. Um conflito maior que a própria tensão de se estar em uma troca de tiro que irá acabar em instantes, mas a consciência será sua acusadora por todo o resto da vida se este agente não estiver ciente e for conhecedor de seus deveres e direitos e do seu papel em relação à sociedade e a Deus. Afinal como encarar uma escolha como esta de matar alguém, se o mandamento mor de nossa fé é justamente “não matarás”?
Certamente como já foi visto e dito, mesmo que nas entre linhas, a Bíblia não se posiciona contra quem quer seguir uma carreira de Agente da Segurança Pública ou Privada. Muito pelo contrário vemos o próprio Deus escolhendo as pessoas para comporem seu exército. Confira o livro dos Juízes capítulo 7.
Com já citei no inicio toda autoridade é constituída por Deus sendo o seu vingador para o bem de todas as pessoas e na mão traz a espada símbolo de justiça poder. É co a permissão de Deus que estas autoridades agem na preservação da ordem e cumprimento da lei. Leis que são editadas por homens com o aval e presciência de Deus. Deus apoia sim as leis e por consequência as punições previstas por elas.
Vemos que na realidade foi Deus quem instituiu a legitima defesa, Êxodo 22:2, e foi baseado nisto que o homem editou a sua lei garantindo a legitima defesa.
A Legítima defesa é uma excludente de antijuridicidade que se caracteriza pela existência de agressão injusta, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, que pode ser repelida usando-se moderadamente dos meios necessários. Esta situação justificante encontra-se positivada no Art. 23, I, e no Art. 25, ambos do Código Penal. Agindo nos termos que justificam a legítima defesa o agente não pratica crime, devido à exclusão da antijuridicidade, que é elemento integrante e essencial do fato punível. No entanto, o agente pode responder pelo excesso a título de dolo ou culpa.
No meio militar temos uma máxima que nos diz que: “Ordem absurda não se cumpre”.
E se um policial ou agente de segurança tiver que agir de forma contrária aos ensinamentos de Deus?
Evidentemente se enquadra no principio da ordem absurda, pois se o fizer estará passível de punição.
Se uma ordem for manifestamente contrária a sua fé todos temos o direito de nos negarmos a cumprir tal ordem. Vamos ver primeiro pela lei secular:
Constituição Federal
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;  
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
E a Bíblia nos ensina:
Atos 5:29 “Porém Pedro, e os apóstolo disseram: Antes seguir as ordens de Deus, do que as dos homens”.
A Bíblia também condena as autoridades que usam do poder de forma arbitrária e que contrariem ou suprimam os direitos agindo de forma abusiva. Da mesma forma ela age com as autoridades que são corruptas e pervertem os direitos do povo para o seu próprio proveito e interesses. Confira Deuteronômio 27:25.
O certo é que quem decidiu ser Policial Militar, Policial Civil, Policial Federal, Guarda Municipal, Agente de Segurança Privada, integrante das Forças Armadas, Juízes, Promotores, Agentes Penitenciários são autoridades constituídas por Deus e estão debaixo de seu Senhorio. Não pecam por cumprirem a lei e fazer ela ser cumprida. Estes são os pacificadores que restabelecem a paz; quem buscam pacificar, apaziguar os conflitos, tem a capacidade de pacificar, de promover a paz e são chamados de FILHOS DE DEUS.
Não são carreiras tranquilas, mas devem ser exercidas com justiça e prudência, o servo que entregou a sua vida a Deus deve ter em mente que seu caminhar agora deve ser orientado pela Bíblia e pelas Leis seculares, mas que a Lei de Deus suplanta em muito a do homem e se tiver que escolher, escolha a de Deus.
“A CABEÇA QUE ENCONTRA A SOLUÇÃO É A MESMA QUE CRIA OS PROBLEMAS”

IGREJA EVANGÉLICA TEMPLO NOVO DE DEUS                                                                     MINISTÉRIO DE EVANGELISMO E MISSÕES NOVAS DE PAZ
Pr. ANDRÉ LUIZ COUTINHO
“Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina”! Isaías 52:7

QUANDO MUDAR UM PARADIGMA PODE SER A DIFERENÇA ENTRE A VIDA E A MORTE!

2CO. 6:14: NÃO VOS PONHAIS EM JUGO DESIGUAL COM INCRÉDULOS; PORQUANTO QUE SOCIEDADE PODE HAVER ENTRE A JUSTIÇA E A INIQUIDADE? OU QUE COMUNH...