“UM
CRISTÃO É UM SENHOR LIVRE SOBRE TODAS AS COISAS E NÃO SUBMISSO A NINGUÉ. UM
CRISTÃO É UM SERVO DE TODAS AS COISAS E SUBMISSO A TODOS.” (Martinho Lutero)
Graça e Paz amado!
Para muitos esta frase pode a princípio
parecer controversa, sem sentido, confusa, mas foi baseada nela que Martinho
Lutero expressou a sua visão de liberdade. E baseado nos pensamentos e
afirmações, como esta de Lutero e principalmente nos ensinamentos de Jesus que
passo a explanar minha visão do panorama religioso atual.
Um quadro nada agradável aos olhos de quem
realmente entende o que Jesus quis dizer quando ele afirma em João
15:1a: Eu sou a videira verdadeira...
Para se ter uma
noção clara e uma visão ampla de Jesus ser a videira verdadeira temos que
primeiro nos despojar de toda a religiosidade ensinada por décadas, uma
doutrinação falha e enganosa que em muito prejudicou o crescimento e a absorção
real dos dogmas, doutrinas e ensinamentos de Jesus. Por anos líderes e pseudos líderes,
de forma sistemática vêm ensinando uma liberdade que não é liberdade, mas sim
uma liberdade que escraviza. Uma liberdade que não liberta, mas transforma o
cristão em dependente de um sistema religioso ao qual o Senhor Jesus combateu e
condenou. Sistema religioso que não sossegou até condenar e determinar a
crucificação de Nosso Senhor.
Aprenda dEle e com Ele:
Clamava, pois, Jesus no templo, ensinando, e
dizendo: Vós conheceis-me, e sabeis de onde sou; e eu não vim de mim mesmo, mas
aquele que me enviou é verdadeiro, o qual vós não conheceis. Mas eu conheço-o,
porque dele sou e ele me enviou. Procuravam, pois, prendê-lo, mas ninguém
lançou mão dele, porque ainda não era chegada a sua hora. E muitos da multidão
creram nele, e diziam: Quando o Cristo vier, fará ainda mais sinais do que os
que este tem feito? Os fariseus ouviram que a multidão murmurava dele estas coisas;
e os fariseus e os principais dos sacerdotes mandaram servidores para o
prenderem. João 7:28-32.
Hoje o que temos
é justamente um sistema religioso que mente, engana, falsifica o evangelho de
Jesus e seus ensinamentos. Um sistema religioso que torna seus seguidores
dependentes de uma substancia que muitas das vezes foram e são comparadas as
drogas que causam dependência química.
Não obstante alguns
pensadores e filósofos como Markx, Kant, Feuerbach, Bauer Herder, Mosses, Heine
entre outros.
Vejamos como alguns destes
se referem à religião.
Christian Johann Heinrich
Heine, poeta
alemão, romancista tendo como uma de suas principais obras “O último romântico”
disse o seguinte sobre a religião:
"Bendita seja a religião, que derrama no amargo cálice da humanidade sofredora algumas doces e soporiferas gotas de ópio espiritual, algumas gotas de amor, fé e esperança".
Moses Hess tem entre suas principais obras: História da Humanidade por um discípulo de Espinoza; Triarquia europeia; Roma e Jerusalém e Consequences of a Revolution of the Proletariat (Consequencia da uma Revolução do Proletarido) Moses foi o precursor do chamado sionismo trabalhista ou socialista. Recebeu uma educação religiosa na infância de seu avô e se formou em filosofia, foi colaborador de Marx e Engels na época em que era partidário da assimilação dos Judeus aos movimentos comunistas. Em um de seus ensaios Hess afirma:
"A religião pode fazer suportável[...] a infeliz consciência de servidão...de igual forma o ópio é de boa ajuda em angustiantes doenças
Georg Philipp Friedrich von Hardenberg, conhecido pelo pseudônimo de "NOVALIS", representante importante do primeiro romantismo alemão do final do século XVIII e criador do simbolo mais durável do movimento romântico a "Flor Azul". Veja o que Novais diz a cerca da religião:
"Suposta religião age simplesmente como um ópio: excitante, estonteante, acalmando os sofrimentos dos fracos".
Donatien
Alphonse François de Sade, o “Marques de Sade”. Aristocrata escritor
libertino e dramaturgo, filósofo de ideias originais baseadas no materialismo
durante o chamado século das luzes e dos enciclopedistas. Da prisão na Bastilia
escreveu muitas de suas obras, onde fora encarcerado por diversas vezes. O
termo sadismo que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou
moral do parceiro ou parceira é sugerido a partir de seu nome. Adepto do
ateísmo fazia apologia ao crime, afrontando a religião dominante em sua época.
Como livre pensador Sade se utiliza do grotesco para tecer criticas morais a
sociedade urbana. O romance de Sade oferece um pensamento que desafia a
concepção de um mundo proposta pelos dos principais campos filosóficos na
França pré-republicana; o religioso e o racionalista. Possuía uma moralidade
contrária aos bons costumes. Moralidade que mostrava homens que sentiam prazer
na dor dos demais e outras cenas bizarras. Em sua obra 120 dias de Sodoma ele
descreve o abuso de crianças raptadas e encerradas em um castelo de luxo por
nobres devassos, envolto a um clima de violência crescente com mutilação e assassinatos.
E veja a sua opinião sobre a religião:
“Religião é o ópio
eu você faz seu povo tomar, para que, anestesiado por esse sonífero, ele não
sinta as feridas que você lhe rasga”.
Karl Marx era filósofo, sociólogo,
jornalista, e um revolucionário socialista. Sua obra em economia estabeleceu a
base de muitos entendimentos atuais sobre o trabalho e sua relação com o
capita, além do pensamento econômico posterior. Suas obras “O Manifesto
Comunista” e “O Capital” são as mais proeminentes. Oriundo de uma família
judaica de classe média, filho de um advogado descendente de rabinos, Marx se
converteu ao protestantismo luterano pelo motivo da sanção de restrições
impostas aos judeus e seus descendentes de ingressarem no serviço público.
Seu pensamento a cerca da religião é o seguinte:
“A religião é o suspiro da criatura
oprimida, o ânimo de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma.
A religião é o ópio do povo.
A abolição da religião enquanto
felicidade ilusória dos homens é a exigência da sua felicidade real”.
Notem que apesar destes homens serem cultos e ícones do pensamento
filosófico, pessoas influentes e criadores de opiniões a sua visão a respeito
de religião também não era equivocada. Muitos deles vinham de famílias
religiosas, tinham uma base educacional estruturada na fé, na crença, mas algo
no curso de suas vidas, ao longo de suas caminhadas religiosas os fez mudar. Os
fizeram a ver que o que se ensinava como sendo religião não passava e não passa
de um meio de alivio, de fuga dos problemas e dores. Sejam eles morais,
comportamentais, sociais.
O homem procura soluções para os seus problemas, para as suas crises,
para as suas doenças, para os seus dilemas e pensa as ter encontrado na
religião. Em contra partida a religião que deveria lhe ensinar as verdades
contidas nos ensinamentos de Jesus, ensinar sobre a justiça de Deus.
”Mas, buscai primeiro o
reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentada”.
Mateus 6:33.
Esta foi à afirmação de Jesus quanto aos anseios do homem pelas coisas
do mundo, pala solução dos mais diversos problemas. Esta deveria ser a
afirmação e o ensino da Igreja para o mundo. Mas ao contrário a Igreja de
nossos dias como as dos dias passados desvirtuaram seus ensinamentos e
abdicaram do ensino verdadeiro do evangelho. Jesus nos ensinamentos da Igreja
deixou de ser a “videira verdadeira”. O que temos hoje é um evangelho onde
Jesus é um coadjuvante, se prega de tudo em nossos cultos, ensinasse de tudo
nos púlpitos, menos os ensinamentos de Jesus, a justiça e misericórdias de
Deus.
A teologia da prosperidade tomou conta dos corredores e nave de nossos
templos, o homem já não se vê e nem tem conhecimento de que a verdadeira Igreja
e Templo Vivo de Deus somos nós, sua criação. Não se ensina mais que Deus não
habita em templo feito por mãos de homens, pois nestes a corrupção,
insubordinação, a maldade, a inveja, a discórdia, a soberba, o amor ao
dinheiro, ao poder, ao status social impera.
A Igreja abandonou o sacerdócio de Cristo e retornou ao sacerdócio de
Arão, onde a responsabilidade pela organização do templo foi determinado a Arão
e a seus filhos.
“Depois tu
farás chegar a ti teu irmão Arão, e seus filhos com ele, do meio dos filhos de
Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal; a saber: Arão, Nadabe, e
Abiú, Eleazar e Itamar, os filhos de Arão”. Êxodo 28:1.
Em nossos dias esqueceu-se
de que o sacerdócio de Arão que foi um chamado de Deus não se iguala ao Cristo
Jesus que se ofereceu ao sacerdócio Santo que homem algum é capaz de exercer.
Assim também
Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas aquele
que lhe disse:
Tu és meu Filho,Hoje te gerei. Como também diz,
noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque. O
qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações
e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda
que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado,
veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem; Chamado
por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Do qual muito temos
que dizer, de difícil interpretação; porquanto vos fizestes negligentes para
ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se
vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e
vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento. Porque
qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da
justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os
quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o
bem como o mal. Hebreus 5:5-14.
Mas o que temos hoje?
Templos luxuosos, que esbanjam luxuria por todos os seus vitrais, o perfume da
soberba e da ganância enche a nave das Igrejas. Humildade é coisa extinta nos
bancos e corredores de nossos templos, repartir o que se tem com quem nada tem
somente nas mensagens sensacionalista dos pregadores que cobram caro para
ministrarem a palavra de Deus. Onde está o “Curai os enfermos, limpai os leprosos,
ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça daí”.
Mateus 10.
Nada é de graça
nas Igrejas de nossos dias e nunca o foram nas Igrejas da antiguidade, sempre
se pediu algo em troca. O que era ministério sacerdotal hoje se transformou em
profissão. Altos salários, meios de locomoção caros, programas de televisão
bancados pelos dízimos dos mais pobres que de forma alguma devem deixar de
contribuir sem questionar.
Não se ensina
mais que Jesus veio para que “todos tivéssemos vida”, mas se prendem somente na
sequencia deste versículo “e a tenham em abundância”. Omitem que este viver em
abundância não é com fartura de bens e riquezas e sim uma vida com abundância
de dias e paz. Tiram o texto do contexto com o pretexto de perverterem a
palavra de Deus em proveito próprio.
A Igreja deixou
de ser de Jesus e passou a ser das famílias majoritárias e fundadoras das Igrejas.
Loteiam os ministérios e os dividem ao seu bel prazer entre seus descendentes e
os que não concordam com tal prática, pois julgam ter direito em participar da
partilha acabam por sair destes mistérios e fundam suas próprias Igrejas para
terem o que deixar para seus herdeiros.
E em meio a este
jogo de poder e de interesses fica o povo humilde que somente quer ter o
direito de adorar ao Deus único, de encontrar a paz e a vida que Jesus tem
prometido e que tem sido negado pela pregação de um evangelho barato,
fraudulento, enganador, mentiroso.
Um evangelho de
facilidades, que engana e falsifica os ensinamentos contidos na Bíblia.
Não se busca ou
se ensina o valor verdadeiro e a importância da santificação. Não basta ser justo,
ter um comportamento irretocável, boa fama, sem escândalos, ser controlado.
Isto coopera, mas não é tudo, não é o bastante, não se trata de santificação.
Vejam os
exemplos acima, todos os escritores apresentados poderiam até terem todos estes
predicativos, mas isto não significa que havia algo de Jesus em seu ser. Não basta
ter um coração bom para estar em um processo de santificação. Uma arvore pode
estar florida e bela e ter no interior de seu caule um parasita que a destruíra
em breve. Muitos são os que simpatizam com determinadas religiões, mas nutrem
uma antipatia pela verdade que elas ensinam, tão somente por medo de serem
confrontadas em suas práticas pecaminosas.
Existem ainda
aqueles que confrontam os ensinamentos de Jesus com as suas convicções
moralista, como os estóicos que
afrontavam o Apostolo Paulo:
“De sorte
que disputava na sinagoga com os judeus e religiosos, e todos os dias na praça
com os que se apresentavam. E alguns dos filósofos epicureus e estóicos
contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros:
Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a
ressurreição. Atos 17:17-18.
A Igreja de
nossos dias abaixou a guarda, jogou a toalha e está entregue aos ditames
moralistas, culturais e comportamentais de nosso tempo.
O capitalismo
afetou as nossas práticas de adoração e culto a Deus. Não basta somente a
palavra, se não vier acompanhada de revelações, curas, profecias o culto não
agrada.
O culto a personalidade
é moda, critica-se os que idolatram imagens e a elas rendem cultos, mas se
idolatra e se cultua o homem, somente se vai a Igreja se determinado pastor
estiver, se determinado cantor for cantar. Sem se falar que se não tiver a
oportunidade durante o culto não se volta mais a Igreja.
A moda agora são
os shows gospel, balada gospel, teatro gospel, casamento gospel. É tanto gospel
que não se tem tempo para adorar a Deus ou reverenciar a “God Spell” ou Palavra
de Deus, uma das derivantes do termo “gospel”.
Deus nunca
orientou seu povo a proceder de tal maneira, tais práticas são intrínsecas ao
ser humano, nada tendo de Deus nestes rituais místicos e porque não taxá-los de
“seitas”.
Sempre que se dá
maior importância a algo em detrimento a adoração Jesus se incorre na prática
de ritos ensinados por seitas.
Os sacerdotes
das Saradas Escrituras mesmo tendo óleo derramado sobre suas cabeças e vestindo
vestes santas só eram santos com a unção do Espírito.
Porque aduzir
que ao introduzir tais ritualísticas pagãs em nosso meio, coisa que Deus nunca
determinou, possa contribuir para o crescimento espiritual e santificação da
Igreja?
Se tais práticas
de heresias gospel, cura por unção em roupas, copo com água, oração em
fotografias, ofertas polpudas e dízimos abundantes fossem capaz de santificar
ou salvar alguém o inferno estaria vazio.
Quem desta forma
age está sendo hipócrita em seus ensinamentos, e a Palavra de Deus e os
ensinamentos de Jesus e dos Apóstolos versam contra isto.
Sabe,
porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá
homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos,
desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis,
caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores,
obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo
aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque
deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres
néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; 2 Timóteo
3:1-6.
Nossos templos
hoje são idênticos aos templos dos deuses pagãos que a Bíblia relata, bonitos e
exuberantes por fora, mas cheios de podridão por dentro verdadeiros túmulos
caiados. São lâmpadas sem óleo, são como mortos que caminham sem haver vida
dentro de si.
É como a Igreja de Sardes:
E ao
anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos
de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que
vives, e estás morto. Apocalipse 3:1.
Estes são
manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a
si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para
outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas,
desarraigadas. Judas
1:12.
Fingem estarem cheios do
Espírito Santo, mas não passam de nuvens sem água.
Os garimpeiros
sabem discernir entre ouro e o que eles chamam de ouro de tolo, e é justamente
isto o que está cocorrendo em nossas Igrejas. Estão oferecendo ouro de tolo ao
fieis. Algo que aparenta ser ouro, mas que não tem valor algum. Não é porque
algo esteja pintado da cor de ouro que seja ouro ou tenha um valor igual.
Pregar um evangelho de hipocrisia é a mesma coisa, não se pode agregar valor a
algo que não tem valor.
Cristo convida e
nos chama á “VIDA”. Há vida além da religião. Jesus não fundou uma religião,
mas Ele nos mostrou o caminho, a verdade e a vida; Ele mesmo. Fora dEle não há
possibilidade de se obter a vida prometida nas Sagradas Escrituras. Por mais
que tentemos sempre iremos descobrir que sem Ele nada é possível. Dogmas,
doutrinas, teorias, teologias, sacramentos religiosos e humanos, estas coisas
não fazem parte dos ensinamentos de Jesus. Seus valores, sua moral, sua ética
vão além do que nos chamamos de religião. O profeta Isaias predisse muito tempo
antes do nascimento de Jesus:
Ó Vós, todos os que tendes sede, vinde às águas,
e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem
dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não
é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente,
e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura. Inclinai os
vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco
farei uma aliança perpétua, dando-vos as firmes beneficências de Davi. Eis que
eu o dei por testemunha aos povos, como líder e governador dos povos. Eis que
chamarás a uma nação que não conheces, e uma nação que nunca te conheceu
correrá para ti, por amor do Senhor teu Deus, e do Santo de Israel; porque ele
te glorificou. Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está
perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se
converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque
grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque
assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos
mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que
os vossos pensamentos. Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e
para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar
semente ao semeador, e pão ao que come, Assim será a minha palavra, que sair da
minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e
prosperará naquilo para que a enviei. Porque com alegria saireis, e em paz
sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cântico diante de vós, e
todas as árvores do campo baterão palmas. Em lugar do espinheiro crescerá a
faia, e em lugar da sarça crescerá a murta; o que será para o Senhor por nome,
e por sinal eterno, que nunca se apagará. Isaias 55:1-13
E o próprio Senhor Jesus nos ensina uma maneira prática e simples de se
viver além da religião.
Por isso
vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer
ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir.
Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai
para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e
vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E
qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua
estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os
lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que
nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois,
se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no
forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois,
inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem
sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de
Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos
inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si
mesmo. Basta a cada dia o seu mal. Mateus 6:25-34.
Não precisamos
de pastores que cuidem de nossas vidas, que decidam o que eu deva comer, ou beber,
ou vestir. Que decidam a forma como nossas esposas (os) devam se vestir, se
devem ou não cortar os cabelos, fazer a barba. Que digam a nós os lugares que
devamos ou não frequentar.
Não precisamos
de pessoas que queiram nos ensinar a educar nossos filhos, a conduzir nosso matrimônio,
a administrar nosso dinheiro, a nos comportarmos em nossos empregos. Não
precisamos de pastores que ao olhar para nós vejam a nossa carteira e não o
nosso caráter.
A casa, o
casamento, os filhos, o emprego, o salário, a vida social são de
responsabilidade de cada um em particular, e cabe somente a pessoa as decisões
sobre estes assuntos. Claro que tais decisões devam ser direcionadas por Deus.
Precisamos de
líderes religiosos, guias espirituais, mentores que nos orientem a como agir
segundo a palavra e os ensinamentos contidos na bíblia e não líderes que
decidam em nosso lugar.
Não devemos
viver na dependência de líderes religiosos, o próprio Jesus deixa isto claro em
suas palavras e ensinamentos:
“Já vos não chamarei servos, porque o servo não
sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto
ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer”. João15:15.
Ensinamentos estes que são compartilhados pelo Apostolo Paulo
em suas epistolas pastorais.
Não já como servo, antes,
mais do que servo, como irmão amado, particularmente de mim, e quanto mais de
ti, assim na carne como no Senhor? Filemom 1:16.
Assim que já não és mais
servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo. Gálatas
4:7.
Esta
é a liberdade que o Senhor Jesus nos ensina e nos chama para praticarmos. A
liberdade que Lutero discorre em sua obra “Da liberdade do Cristão”, onde ele
afirma que o cristão é um senhor livre sobre todas as coisas e não submisso a
ninguém.
Uma liberdade de mente,
corpo e alma. Que antes de ser submissa ela traz e si mesma um sentimento moral
e ético que impede o cristão de ser diferente de Cristo. Submissão não pode ser
interpretada como servidão. Quem serve o faz por obrigação, quem é submisso o
faz por amor, por buscar o bem comum a todos. Ser livre é saber que todas as
coisas nos foram dadas para serem usufruídas ou não, e quem decide é o próprio
agente da ação “eu”. Uma liberdade que nos faz enxergar que há vida além de
religião, e que a vida além da religião foi feita para ser vivida. O mundo foi
criado para que dele desfrutássemos.
Em
uma de minhas pregações o Espírito Santo de Deus me orientou a indagar a Igreja
sobre “Há algo de bom no mundo?”.
E
o que você acha, existe algo de bom no mundo?
Claro
que sim, tanto existe que Deus amou ao mundo. E isto somente foi capaz por que
quando Ele olhou para o mundo para condená-lo Ele viu que a sua criação estava
ainda no mundo e em sua essência ela era boa. Então por sua misericórdia Ele
foi capaz de amar esta essência e ver que ela ainda tinha esperança e está
esperança se chama Jesus.
Deus
amou o mundo que Ele criou e não o mundo que o homem idealizou.
A
vida além da religião é uma vida de servidão voluntária, por isso Lutero afirma
que o cristão é um servo obsequioso e submisso. Ele faz o que Deus o determina
fazer de livre e espontânea vontade, não porque alguém lhe puxa a orelha ou
ordena que ele faça. O que ele faz ele faz com zelo e amor, pois sabe que está
fazendo para agradar a Deus, não espera recompensa do homem, mas antes espera
na vida prometida por Deus.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque
Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que
o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já
está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. João
3:16-18.
Há vida além da
religião. Religião não lhe garante nada, não lhe dá salvação da alma, não
perdoa seus pecados, não lhe leva á vida eterna.
Religião é um
sistema político/social pelo qual o homem se incumbiu de assumir o papel de
ligação entre o homem e Jesus. Porém com o passar do tempo este elo foi
desfeito pelo homem que agora passa a ditar as regras do jogo para os que se
decidem em seguir determinada religião. Por meio da religião tenta-se controlar
as ações das pessoas, fazendo com que elas ajam como animais em um curral que
seguem para onde seu senhor as quer levar. Mesmo que estes animais sejam
criados com toda a liberdade de locomoção eles não têm escolha própria, comem e
bebem o que seus senhores determinam sem o direito de escolha ou decisão.
Sistema este que Jesus condena em seus ensinamentos.
Fomos libertos
de todos os laços e grilhões que nos prendiam as práticas pecaminosas e também
da condição de sermos servos de alguém. Nosso Senhor e Pastor e Sumo Sacerdote
é Jesus e somente a Ele devemos seguir e servir. Para tanto Jesus nos mostrou
que a vida além da religião é uma vida onde as decisões são particulares.
Servindo de
boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens.
Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre. E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas. No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Efésios 6:7-17.
Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre. E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas. No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Efésios 6:7-17.
Então a vida
além da religião pode-se se resumir em um versículo primordial:
Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim
coma deste pão e beba deste cálice. 1 Coríntios 11:28.
No Antigo
Testamento era do sacerdote o papel de examinar o Homem. Confira o livro de
Levíticos no seu capitulo de numero 13.
Mas, glórias a
Deus que Jesus mudou tudo, nós não estamos mais atrelados a uma avaliação
parcial ou imparcial, a avaliação agora é do próprio Homem e só ele é
responsável por uma avaliação correta ou não.
Isto é uma
servidão voluntária e submissa.
No dia em que a
Igreja entender esta verdade, ela será capaz de se libertar de tudo o que a
prende as velhas praticas religiosas.
SALMO 62
UM SALMO DE DAVI: UM SALMO DE DESEJO E CONFIANÇA
1 A
minha alma espera somente em Deus; dele vem a minha salvação.
2 Só ele é a minha rocha e a minha salvação;
é a minha defesa; não serei grandemente abalado.
3 Até quando maquinareis o mal contra um
homem? Sereis mortos todos vós, sereis como uma parede encurvada e uma sebe
prestes a cair.
4 Eles somente consultam como o hão de
derrubar da sua excelência; deleitam-se em mentiras; com a boca bendizem, mas
nas suas entranhas maldizem. (Selá.)
5 Ó minha alma, espera somente em Deus,
porque dele vem a minha esperança.
6 Só ele é a minha rocha e a minha salvação;
é a minha defesa; não serei abalado.
7 Em Deus está a minha salvação e a minha
glória; a rocha da minha fortaleza, e o meu refúgio estão em Deus.
8 Confiai nele, ó povo, em todos os tempos;
derramai perante ele o vosso coração. Deus é o nosso refúgio. (Selá.)
9 Certamente que os homens de classe baixa
são vaidade, e os homens de ordem elevada são mentira; pesados em balanças,
eles juntos são mais leves do que a vaidade.
10 Não confieis na opressão, nem vos
ensoberbeçais na rapina; se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o
coração.
11 Deus falou uma vez; duas vezes ouvi isto:
que o poder pertence a Deus.
12 A ti também, Senhor, pertence a
misericórdia; pois retribuirás a cada um segundo a sua obra