sábado, 4 de abril de 2015

PORQUE ÉRAMOS INDIGNOS E ELE NOS PERDOOU - PÁSCOA E SINÔNIMO DE PERDÃO

Após ser vendido no deserto, por seus irmãos aos Ismaelitas José é levado até o Egito a vendido com escravo para aquele povo. Os sonhos porem que haviam em seu interior nunca deixaram de ser alimentados. José sabia muitíssimo bem quem havia lhe feito as promessas e que para elas se cumprirem os planos de Deus não poderiam ser frustrados e nem mudados um milímetro se quer. Parece meio incoerente afirmar que para que os sonhos de José se cumprissem segundo as promessas de Deus, ele haveria que passar por tão grande humilhação. Ser  tirado da convivência com seus pais, ser afastado de seu irmão Benjamim, ser vendido a um povo estranho por seus próprios irmãos, ser levado ao Egito e vendido com escravo, ele que era livre em sua terra, agora era preso e acusado injustamente. Talvez você se pergunte; Onde está a providência divina na vida deste jovem? Que mal ele fez para ser provado desta forma? Que Deus é este que faz promessas a uma pessoa e depois a lança em um cárcere, em um mundo de escravidão? Que sonhos são estes? Que promessas são estas?
O Deus de José é o mesmo Deus que deu seu único Filho para ser humilhado, chicoteado, preso, julgado e condenado à morte em meu e em seu lugar. Se você acha muito o sofrimento de José veja o que o profeta discorre a respeito do sofrimento de Cristo.
Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido. E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si. Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores. (ALMEIDA, 2014. Is. 53:3-12).

José ao ser levado e vendido como escravo no Egito introduziu seus sonhos na história daquele povo, e não foi somente isso ele introduziu o povo de Israel no Egito. Mesmo sendo sua história uma história de sofrimento e dor se olharmos para a história de Jesus encontraremos elementos que as unam.
Se você julga que Deus agiu impiedosamente com José, ao ler a história de Jesus irá pensar a mesma coisa. Como um Pai pode deixar que seu único Filho padecesse da tamanha humilhação, sofrimento e dor. A ponto de proferir palavras que nos soam tão dolorosas quando a lemos. “E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste”? (ALMEIDA, 2014. Mc. 15:34).
Note que o sofrimento de José não se compara ao de Jesus, José em momento algum foi levado ao extremo de seu sofrimento a ponto de se sentir abandonado por seu Deus. Jesus sentiu-se abandonado por seu pai em seu sofrimento. Mas isto não significa que Ele havia desistido de seus sonhos, das promessas que Deus havia lhe feito veja no versículo 12 de Isaias 53 Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores”. 
Jesus sabia que havia uma obra a ser feita, e que para que essa obra fosse acabada em seus mínimos detalhes era necessário aquele proceder, aquele sofrimento Jesus confiava em Deus Pai. José confiava no Deus de Seus pais, ele sabia que por mais que aqueles sofrimentos durassem os sonhos de Deus para a sua vida se cumpririam. Que o Deus que havia lhe feito promessas era fiel para cumpri-las. E talvez você não tenha percebido a que ponto chegava a confiança de José. Mas logo você descobrirá que os sonhos de Deus para a vida de uma pessoa se estende além do compreensível.  
Hoje estamos comemorando a páscoa o pesach judaico. Este evento teve inicio no advento da libertação do povo de Israel da escravidão egípcia. Eu particularmente vejo um paralelo entre a escravidão de José e a escravidão do povo de Israel. Eu vejo que quando os irmãos de José o venderam para os Ismaelitas, eles na verdade estavam se vendendo. Veja que os sonhos de José eram em relação a ele e sua família, ao ser vendido como escravo seus sonhos e consequentemente a sua família também foram escravizados.
Após todo o seu sofrimento os sonhos de Deus para a sua vida começam a se cumprir ele deixa de ser José a passa a ser conhecido como Safenate-Panéia o governador do Egito. Qual a probabilidade de um escravo, vendido por seus irmãos à escravidão vir a se tornar governador do Egito se Deus não estiver ao seu lado. Qual a probabilidade de o filho de um carpinteiro revolucionar o mundo com seus ensinamentos a ponto de influenciar na religião de sua época.
O povo de Israel é chamado a descer e habitar no Egito, aonde não havia falta de alimentos e nem de água. O povo que desceu ao Egito juntamente com Jacó, pai de José eram em numero de setenta. Lá puderam ver as promessas feitas por Deus a José se cumprirem, porém eles não puderam enxergar além do compreensível, mas José viu, porém essa visão ele não poderia revelar, pois este agora era os sonhos de Deus para o seu povo. José sabia que Israel seria feito escravo nas terras do Egito, mas sabia também que Deus haveria de providenciar um libertador. Isto não está explicito nos escritos sobre José e a história de Israel. Mas procure uma resposta para o fato de José ao morrer ter dito aos seus irmãos.
E disse José a seus irmãos: Eu morro; mas Deus certamente vos visitará, e vos fará subir desta terra à terra que jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó. E José fez jurar os filhos de Israel, dizendo: Certamente vos visitará Deus, e fareis transportar os meus ossos daqui. (ALMEIDA, 2014. Gn. 50:24-25)
Essas são as palavras de um homem que sabia os caminhos pelo qual aquele povo seguiria. O caminho da escravidão. Mas sabia também que ao final Deus providenciaria um salvador para as suas transgressões. Ele sabia que ao ter sido feito escravo juntamente com seus sonhos, Israel havia sido feito escravo juntamente com seus sonhos. Após 400 anos de escravidão o povo que no inicio eram em numero de setenta, agora são três milhões os que saíram do cativeiro do Egito seiscentos e cinquenta mil somente homens de guerra. Deus não só cumpriu o que havia dito prometido a José como o que havia prometido a Abraão. E este ínterim ocorreu algo maravilhoso, o perdão de José aos seus irmãos pela maldade feita com ele.
Vendo então os irmãos de José que seu pai já estava morto, disseram:
Porventura nos odiará José e certamente nos retribuirá todo o mal que lhe fizemos. Portanto mandaram dizer a José: Teu pai ordenou, antes da sua morte, dizendo: Assim direis a José: Perdoa, rogo-te, a transgressão de teus irmãos, e o seu pecado, porque te fizeram mal; agora, pois, rogamos-te que perdoes a transgressão dos servos do Deus de teu pai. E José chorou quando eles lhe falavam. Depois vieram também seus irmãos, e prostraram-se diante dele, e disseram: Eis-nos aqui por teus servos. E José lhes disse: Não temais; porventura estou eu em lugar de Deus? Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida. Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos. Assim os consolou, e falou segundo o coração deles. (ALMEIDA, 2014. Gn. 50:15-21)

Que maravilhoso cenário é o cenário do perdão, esse na realidade é o simbolismo inicial da “Páscoa”. Jesus Cristo é a nossa páscoa hoje. Muitos afirmam que o Novo Testamento nos apresenta outro significado para a páscoa. Eu particularmente não o entendo desta forma. Como José, Jesus passou por humilhação, porém ele foi encarcerado, foi trocado por um ladrão, foi abandonado por seus seguidores, foi chicoteado, condenado a morte de cruz. Ao ser dependurado no madeiro ele tem uma ação nobre como a de José. Ali Jesus ouve ofensas proferidas por um ladrão dependurado ao seu lado, garante ao ladrão que estava do outro lado e o defendia o direito a salvação, perdoa a humanidade que o condenará a morte dizendo que eles não sabiam o que estavam fazendo. Sente-se abandonado pelo Pai ao qual Ele chama de Deus meu. Nós não éramos dignos deste amor, mas mesmo assim Ele nos amou, não éramos dignos de seu perdão, mas Ele nos perdoou, não éramos dignos de entra na vida eterna, mas Ele nos deu este direito. Éramos puramente indignos de todas as suas ações mas Ele ao nos perdoar nos tornou dignos, justos e justificáveis diante de Deus. Páscoa não é somente a passagem da morte para a vida.  Pois por nossos pecados, estávamos separados de Deus, mortos espiritualmente, mas o Cordeiro de Deus nos deu vida. Por Sua morte na cruz, a barreira de separação que havia entre nós e Deus foi derrubada.  "Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto." (ALMEIDA, 2014. Ef. 2:13 Jesus Cristo é a nossa páscoa!  Quando negamos a Cristo automaticamente estamos nos condenando a escravidão do pecado e juntamente conosco toda a nossa família. Mas Ele morreu e ressuscitou para que tivéssemos direito ao seu perdão, Ele está à direita do Pai intercedendo por nós.  Assim como Deus prometeu um libertador para o povo de Israel, Ele também o fez a nós. Não há páscoa sem cordeiro , não há libertação sem o liberador. Não estamos mais escravizados pelo pecado Jesus nos garantiu a libertação.  Sua vida em nós permite que tenhamos uma nova vida, plena e abundante. Vamos celebrar Aquele que deu Sua vida por nós, e que um dia vai reinar sobre tudo e todos, para sempre e sempre. Mas além de nos garantir uma nova vida, livre da escravidão do pecado, Cristo a nossa páscoa nos perdoou.
Que você possa assim com fez José, perdoar os seus ofensores, não importa o mal que eles tenham ocasionados a você, não importa se eles escravizaram os seus sonhos, se te venderam. Hoje Deus os coloca em sua frente para que eles peçam perdão a ti. E mesmo que eles não o facão perdoe-os. Maior galardão tem o que perdoa, que o que necessita do perdão. Páscoa é sinônimo de perdão. Amém!!!

                                                    Referências bíblicas.

              ALMEIDA, João Ferreira de; Bíblia com Apócrifos. ICP. RJ, 2014.

Ev. André Luiz Coutinho
MINISTÉRIO DE EVANGELISMO E MISSÕES NOVAS DE PAZ.

"Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina"! Is. 52




segunda-feira, 9 de março de 2015

UMA IGREJA DE FAZ DE CONTA - VIVENDO DAS APARÊNCIAS

Vivemos em plena cultura da aparência: O contrato de casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, a roupa mais do que o corpo e a missa mais do que Deus” Eduardo Galeano, jornalista e escritor uruguaio.
Nunca foi tão difícil enfrentar uma crise no meio cristão como a que esta ocorrendo em nossos dias. Parece que as pessoas tentam se esconder atrás de suas mascaras. Isso mesmo, nossos cultos se transformaram em verdadeiros bailes a fantasias, onde cada um ao chegar vem travestido de suas aparências que julgam ser o bem maior que eles (pensam possuir) possuem. Mas poderíamos ser mais felizes e alegres em nossa vida se não vivêssemos de aparências.
Hoje todos os seguimentos da sociedade organizada ou não usam uma mascara, os relacionamentos sociais, familiares, profissionais religiosos são de faz de conta. Nada é levado a sério, o verdadeiro amor, a verdadeira amizade, o verdadeiro profissionalismo e verdadeira crença deixaram a muito de ser levado a sério. As pessoas já não se reconhecem mais, nem a si mesmas e nem as com quem mantém um relacionamento. Nada é sério, tudo é superficial, mera formalidade.
Aparentam uma falsa felicidade para esconder suas frustrações e tristezas. Levam uma vida intensa de afazeres, projetos, amores e fé, mas quando chega a noite seu maior confidente, o travesseiro, sabe tudo o que sofre sua alma. A falta de atenção, amor familiar levam pessoas a molharem as fronhas de seus travesseiros, nos encontros religiosos fiéis, obreiros, líderes religiosos choram em suas orações, mas não por sentirem a presença do Espírito de Deus e sim por se depararem com sua realidade, pregam o que não vivem.
Mas o que tem levado pessoas a viverem sustentando a todo custo sua aparências? Por que é tão difícil assumir suas frustrações, amarguras, tristezas, anseios, sonhos e projetos não concretizados? Porque não procuram através da auto aceitação viver da maneira como se deseja, ao lado das pessoas que amam?
O grande problema é um só, o modismo de viver por de traz de uma mascara passou a ser normal e aceitável em nossa sociedade.
Porém isto não é privilégio e nem exclusividade nossa ou de nosso tempo. A Bíblia nos mostra uma Igreja que viva de aparências, uma Igreja que dizia ser o que não era, mas Jesus a repreende e a adverte sobre sua vida de aparência, e esta advertência deve ser tomada por nós hoje.
“Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos”; Efésios 1:18
Jesus não viveu de aparência, mas viveu a verdade e a plenitude do amor ágape, e é Ele quem nos alerta para vivermos na certeza de seu amor, de suas promessas e de seus ensinamentos. Jesus nunca pregou o individualismo, o egoísmo, o orgulho. Por isso o Apóstolo Paulo escreveu aos irmãos da igreja de Éfeso uma carta de dentro da prisão apontando o propósito eterno de Deus de estabelecer e completar o corpo da Igreja de Cristo que deve ser o verdadeiro Líder e Cabeça da sua Noiva “a Igreja”. Ele fala que Jesus iluminou os olhos dos irmãos de Éfeso abrindo-os ao entendimento para que eles pudessem ver e enxergar o caminho posto diante deles para que caminhassem na esperança da vocação à que foram chamados e para que pudessem compreender o que os esperava ao fim da  caminhada da fé, as riquezas da glória na sua herança nos santos. Era nesta fé e crença que os irmãos deveriam caminhar e é nesta mesma esperança e fé que nós hoje devemos encarar nosso problemas, nossas crises, nossa frustrações. Mas como eu disse a Bíblia nos relata a história de uma Igreja de aparências, uma Igreja que havia perdido a confiança em Cristo e em suas promessas. Uma igreja que talvez se reunisse em vários cultos diários, que talvez tivesse uma programação intensa com programas de rádio e televisão, que demonstrava ter uma intimidade com Jesus. Uma igreja que talvez fosse tida como a mais bem sucedida na expansão do evangelho, uma igreja onde o poder operava, uma igreja rica e bem conceituada em sua região. Mas uma igreja que já não mais sentia a comunhão com o Espírito Santo, que já não tinha a intimidade demonstrada com Cristo. Uma vida de simples e pura aparência, um faz de conta.
“E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei. Mas também tens em Sardes algumas poucas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso. O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.
Apocalipse 3:1-6
No ano 17Dc. A cidade de Sardes fora destruída por um forte terremoto e as marcas da destruição ainda eram sentidas. Ela ficou isenta do pagamento de impostos por cinco anos por ordem do imperador Tibério, para auxiliar na sua reconstrução. Já ao final do século Sardes era uma cidade próspera, rica, luxuosa, uma cidade que ostentava seu poderio econômico.
A igreja em Sarces era uma igreja peculiar, não era atacada por Judeus, por heresias ou por profetas mal intencionados. Era uma igreja que não chamava a atenção ela era ignorada. Uma igreja invisível era como se ela não existisse, mas nem por isso era uma igreja sem problemas. Jesus a conhecia bem e sabia seus problemas e se apresenta a ele como o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.”.
Isto demonstra a plenitude e a presença de Cristo na sua Igreja. Sardes tinha a aparência de estar viva “tens o nome de que vives” e vivia desta aparência quando na realidade estava morta em sua fé. Foi pesada e achada em falta diante de Deus. Vivia uma vida de mentira usando a mascara de suas aparências, uma aparência de vida para encobrir a morte espiritual pela qual passava. Jesus já havia tecido um comentário forte a este respeito quando afrontou os judeus de sua época.
 “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade”. Mateus 23:27-28.
Existem pessoas que vêm beleza na morte, mas a morte não é bela. A morte causa dor, sofrimento, depressão, sentimento de perda, frustração, impotência diante das circunstância, mas um dos sentimentos mais devastadores que ela causa e a perda da fé. Quantos diante da morte de um ente querido culpam a Deus pelo ocorrido e se distanciam dele, abandonam a fé. Isso pode não ser notado pois Há pessoas que passam a viver de aparências, guardando dentro de si um sentimento de rancor e ódio por Deus, mas para não serem acusados ou marginalizados pelos religiosos acabam por, externamente, demonstrarem que ainda possuem um sentimento e fé e esperança. Esse era o caso dos irmãos da igreja de Sardes. Por fora eram todo Jesus, como costumamos dizer, mas por dentro cheiravam mal, por mias belo que seja um cemitério lá só se encontra a morte, por mias belo que seja um túmulo dentro só tem carne poder e fétida. O cristão quando passa a viver de aparência só traz dentro de si a morte, carne podre e mal cheirosa, suas mensagens já não são mais dirigidas pelo Espírito de Deus, já não contém a unção divina, seus conselhos são vazios, pois fala do que não vive. Tem o nome do que está vivo, mas está morto.
Que triste fim aguarda esta vida, aparências não levam ao céu, mas encaminham para a segundo morte. A igreja de Sardes estava morta e não sabia, pareciam zumbis andando pelas ruas da cidade, ostentava o nome de cristão, somente isso, pois a vida de verdadeiros cristãos não habitava mais em seu interior.
Quantas igrejas em nossos dias não levam a mesma vida, quantos irmãos, sem saber, não estão vagando sem rumo pela vida cristã. A primeira vez que se usou a palavra “cristão” para designar os seguidores de Cristo foi na Antioquia (cf. At. 11.26). A palavra grega referente é “cristiani”, sendo que o sufixo “ani” é relativo a “partidário de alguém” no caso de “Cristãos” “partidários de cristo”.
Para quem interage com política sabe que partidário e diferente de simpatizante, partidário é atuante, defende seu candidato, suas ideias, seus projetos, é fiel aos seus ideais enquanto o simpatizante assiste de longe, gosta, mas não se envolve, até vota neste candidato, veste uma camiseta como o seu nome, mas no fundo ele diz: se tivesse outra opção não apoiaria este.
Era mias ou menos isso o que estava ocorrendo com os irmãos de Sardes, era conveniente para eles se apresentarem com cristãos, talvez pelo modismo ou talvez isso lhes conferisse algum status diante a sociedade religiosa, mas seus testemunhos depunham contra eles: Conheço as tuas obras” Jesus não estava apenas os alertando os estava acusando de não serem discípulos fiéis, de terem abandonado o primeiro amor, e terem se amoldado ao sistema, de quererem tirar proveito da situação tão somente por serem igreja e levarem o nome cristão.
Em nossos dias não tem sido diferente, muitos dos que estão ai somente ostentam o titulo de cristãos, mas não o são. Vivem uma vida de duplicidade, somente são cristãos dentro das igrejas e perante outros cristãos, quando estão na roda dos escarnecedores seu testemunho e totalmente contraditório com o viver do cristão. Não dão testemunho de Jesus, mas deus riquezas, de sua prosperidade, confiam no dinheiro, são meros seguidores de sinais, não querem um compromisso mais intenso com a obra, não buscam intimidade com Jesus. O que interessa para eles é o que possuem hoje, é o ouro que põem acumular aqui na terra, se esquecem que Jesus aconselha que compremos Dele o ouro provado: “Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; Apocalipse 3:18.
A cidade de Sardes era uma cidade rica, consequentemente a igreja também não passava por privações financeiras e esse era um ponto de orgulho para os irmãos daquela igreja. Assim com hoje muitos se orgulham de pertencerem a uma comunidade religiosa autossuficiente financeiramente. Não se importam se são explorados ou não, o status quo é o que importa.
Mas o justo juiz esta de olho, esta contemplando todas as obras e faz uma advertência: Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei”.
O evangelho havia sido pregado, ensinado e confiado aos irmãos, mas em seus corações já não ardia mais a chama deste evangelho. Jesus exorta-nos a guardar o que temos aprendido, o que recebemos com alegria em nossa conversão, seus ensinamentos devem ser guardados e aplicados em nossa vida diária, não somente nos momentos de culto, nas reuniões ministeriais, nas conversas com outros irmãos, mas temos que aplica-los em nosso lar, em nosso local de trabalho, em nosso momento de lazer somos as fieis testemunhas de Cristo. “e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. Atos 1:8
A igreja de Sardes havia abandonado esse compromisso, eu testemunho era próprio, de suas obras, de sua riquezas, mensagem vazia e sem vida brotavam de seus lábios e Jesus lhes diz que se não houver arrependimento Ele virá como ladrão, que ninguém se apercebe por não saber a hora em o ladrão vira. E qual é o papel do ladrão se não tirar os bens e a riqueza de alguém. Era essa a advertência de Jesus, se não houvesse arrependimento capaz de provocar ma mudança brusca no comportamento da igreja ser-lhe-ia tirado seus bens e riquezas, ela já não teria mais do que se orgulhar, sua vergonha e sua nudez seriam expostas em praça pública, a vida de faz de conta deixaria de existir.
Mas há um porém na história dessa igreja, havia os que perseveravam na fé, os que se mantiveram íntegros, que não sujaram sua vestes na podridão de uma vida dupla, que ainda guardavam dentro de si a vida de Cristo Jesus, E deles Jesus da testemunho: “Mas também tens em Sardes algumas poucas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso”.
Não esta tudo perdido alguns ainda estão alerta, estão atento, estão fazendo o papel do evangelista, não cessam e nem cansam de anunciar a Cristo e sua salvação. Estes não se deixam levar pelos prazeres oferecidos pelo mundo, não vivem uma vida dupla, são fieis e permanecem fiéis.
 “Porque o Senhor corrige o que ama,E açoita a qualquer que recebe por filho”. Hebreus 12:6. Não ignore a repreensão de Deus, Ele te ama e por isso quer o melhor para você e o melhor de Deus ainda esta por vir em sua vida.
A promessa para os que vencerem, para os que perseverarem também é anunciada por Jesus.  “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.
E que é o vencedor? O vencedor é aquele que terá um nome que nunca se apagará, será vestido de branco, e Jesus irá confessá-lo diante de Deus Pai. O vencedor é quem anda com Jesus em seus caminhos, quem tem certeza da salvação, é aquele que perseverar na batalha, combatendo o bom combate, terminando a carreia e guardando a fé.
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. 2 Timóteo 4:7-8.
Se você tem vivido uma fida de faz de conta, de fingimentos, se ao invés de se revestir com a armadura de Deus você tem usado a mascara de Satanás, não tem vivido o que prega. Se sua vida parece um conto de fadas em que no final tudo dará certo e você se sentirá feliz. Cuidado você corre um sério risco de não sair vencedor e nem guardar a fé, mesmo porque essa você já perdeu.
Venha! Jesus te chama para descer até a casa do oleiro para que ele te refaça como um vaso de honra. Não se deixe levar por doutrinas de engano, por ensinos de falsas promessas. Você vale pelo que é e não pelo que você tem.
Jesus não está preocupado com seu sucesso, com seu carro, com sua conta bancária, com o padrão de vida que você leva. Essas são preocupações humanas.
Jesus te chama para comprar dele ouro refinado no fogo e o melhor não importa se você tem dinheiro ou não, você tem crédito com o seu Deus e Le lhe chama para uma compra que o mundo não pode lhe oferecer.
“Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite”. Isaías 55:1
E você que não cedeu aos apelos do mundo, aos ensinamentos da falsa profetisa Jezabel, que não se rendeu as doutrinas de Balaão, mas se manteve integro e fiel. Você que traz em sua vida os sinais de um vencedor, para você e para os que se arrependerem está reservado à coroa da vida. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? 1 João 5:5
Deixem sua vida de aparência se estas morto viva a “VIDA DE CRISTO”  Ele te garante a vida eterna.
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”; João 11:25

MINISTÉRIO DE EVANGELISMO E MISSÕES NOVAS DE PAZ
EV. ANDRÉ LUIZ COUTINHO

“Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina”! Isaías 52:7

domingo, 1 de março de 2015

ERA POR CAUSA DO MOVIMENTO!


Como me sinto surpreso por ver que em nossos dias muitos ainda não se aperceberam dos erros em que estão incorrendo, em levar suas igrejas ao fracasso espiritual. Líderes de renome têm levado suas ovelhas à derrota, mesmo que esta não esteja tão aparente assim, ou atuais. Podem estar por acontecer e este é o problema, pois ninguém ainda a enxerga ou não quer enxergar o perigo que esta ocorrendo e não se apercebem.
Mas se olharmos atentamente, veremos que eles mesmos estão dando, aos de fora de suas igrejas, sinais que já estão abaixando a guarda. Em que estão louvando a Deus em suas ações. Paulo procura ensinar as igrejas a se comportarem de modo digno e fiel à presença do Senhor. Mas quanto mais os dias se passam, parece que as igrejas mais tem procurado uma nova maneira de adorar e louvar ao seu Senhor.
Já pararam para perguntar até que ponto Deus esta se agradando disto? Talvez ao final da leitura deste texto você possa chegar a conclusão de que eu esteja jogando conversa fora, que não passo de um crente quadrado e sem visão. Na realidade o que você irá pensar não me importa sabe por quê? Estou firme na rocha, não me deixo levar por movimentos, posso estar a beira, mas não estou olhando para o fundo do poço para ver o mover das águas, estou olhando para os montes, pois é de lá que me vem o socorro.
“O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;[...]”Isaías 61:1.
Meu ministério é baseado na Palavra e é pela Palavra e na Palavra que Deus tem me agraciado. Não me amedronto com as caras feias, com as palavras de desanimo e descrédito. Não sou eu quem vive mais, mas Cristo vive em mim e Ele me chamou para anunciar a boas novas de paz. Não procuro como Paulo agradar a homens, mas a Deus e se agradasse a homens, ainda assim seria Cristo, a minha mensagem. E é desse Cristo que quero falar a vocês, deste que viveu e morreu para que eu e você tivéssemos direito a vida eterna, esse mesmo que não se rendeu aos movimentos da sua época. Foi tentado por Satanás e não se rendeu aos seus ofertórios, não cedeu as seduções de seus acusadores antes os repreendeu e os resistiu na cara. Não se furtou a oportunidade de chamar e dizer a Pedro que Satanás operava nele e o reprender, não se curvou diante das autoridades constituídas por homens e detentoras dos poderes do mundo. Antes ensinou que este mundo jaz no maligno e que tudo o quem provem do mundo e maligno. Paulo faz um discurso da imitação, ele não se furta em dizer que é um plagiador, que nada do que ele faz ou fala é dele, que ele imita descaradamente os exemplos de Jesus e que nós devemos agir da mesma forma, pois somente assim estaremos ensinando bons exemplos aos que nos seguem. Confira:
“Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores. 1 Coríntios 4:16”;  “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo. 1 Coríntios 11:1”;  Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; Efésios 5:1
Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. Mas a fornicação, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos; Nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas antes, ações de graças. Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais seus companheiros. Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz “ Efésios 5:1-8.
Vejam que grifei três palavras que julgo serem de suma importância neste ensinamento, pois já que se usam tanto delas nas igrejas é necessário que o povo saiba o real sentido delas. Vejamos:
“torpeza” segundo o dicionário significa: Característica, estado, comportamento de torpe; que demonstra baixeza. Ação ou procedimento de ignóbil, vergonhoso, sórdido. Que demonstra indecências ou obscenidades. Qualidade do que é nojento ou repugnante. Trás como sinônimos as seguintes definições: Ausência ou falta de vergonha: o descaramento atrapalhava sua vida. Ação, comportamento ou discurso do sujeito descarado: ele sempre conversava comigo e falava descaramentos. Ação ou efeito de descomedir ou descomedir-se. Que demonstra desconsideração; ausência de respeito; falta de consideração; desrespeito. Que se expressa de maneira exagerada; que age exageradamente; falta de controle; imoderação ou imprudência. Ausência de honestidade; falta de sinceridade; particularidade da pessoa desonesta; má-fé. Ação, comportamento e dito que se opõem à moral ou ao pudor. Que age ou se comporta com má-fé; dito mentiroso.
“Parvoíces”: Característica, particularidade ou condição de quem é parvo; imbecilidade. Ação ou comportamento particular de parvo; parvoiçada; Tolice, estupidez, necedade. Debilidade mental que caracteriza o imbecil.
 Fala jocosa; gracejo, jocosidade. Gracejo arrogante, presunçoso; zombaria ou desrespeito.
Então vejamos, se me desvio de ser imitador de Paulo, de Jesus, de Deus e deixo de ser um bom exemplo para minha igreja então estou incorrendo em ser classificado como sendo uma pessoa “torpe”, “parvo” e que só diz “chorrices” e todos estes adjetivos devem ser aplicados a min.
Mas você já deve estar se perguntando aonde esse cara quer chegar, ao que ele esta se referindo. Bem, estou falando do “modalismo” que esta invadindo nossas igrejas. Estou indignado que nossos líderes religiosos estejam se rendendo as investidas de Satanás e seus espíritos malignos e deixando que eles ditem a “moda” em seus cultos. Não estou me referindo a usos e costumes não, estou falando da onda de movimento que emerge em nosso meio. Pastores, Bispos, Apóstolos, Reverendos, Missionários, Evangelistas em fim a Igreja esta imersa em uma apostasia e não se apercebeu disto. Quando a simples pregação do evangelho é incapaz de manter as pessoas em nossas igrejas, algo esta errado. Mas ao invés destes líderes orarem a Deus para saber onde estão errando, onde esta a brecha ou o que Deus quer que se faça. Não eles simplesmente ficam inventando moda é culto disso, culto daquilo, balada gospel, arraia gospel e tudo o que leve o nome de gospel entrou porta adentro de nossos templos de adoração a Deus. Mas você sabe mesmo o que significa a palavra “GOSPEL”?
Gospel pode ser entendido como um estilo de música dos cultos religiosos, que possui sua origem na comunidade negra norte americana, caracterizando-se por uma harmonia simples, pelo gênero folclórico e pela intensa influência do blues. Etimologicamente, Gospel é considerado uma supressão das palavras "God" e "Spell", ou seja, "Deus" e "palavra", em português. A partir da mistura das palavras, teria surgido o termo "gospel", que significa, ao pé da letra, "palavra de Deus". O termo surgiu nos Estados Unidos, com os cultos que eram realizados.
Mas não é porque eu acrescento a palavra “GOSPEL” ao que eu pretenda fazer que ele assume o caráter de ser a “Palavra de Deus”. Lembre-se de que Deus não divide a sua “GLÓRIA” com ninguém e nem com nada.
“E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.” Romanos 1:23-25.
Não é isto o que Deus quer de nossa parte, ele deseja de nós um culto racional. E o que há de racional em trazer para dentro de nossas igrejas os movimentos do mundo somente para atrair pessoas que estão em busca de movimento. E não me venham com aquele chavão de que “Paulo se fez de tolo para ganhar os tolos”. Isto não é desculpa leia o texto e o contexto desta passagem e descubra realmente o que Paulo quer nos ensinar com isto. Se não daqui a algum tempo estaremos achando normal um jovem ir para o mundo das drogas com a desculpa de querer ganhar um viciado, ou para a prostituição para resgatar os que lá estão, um marido ou uma esposa indo para o adultério para salvar os adúlteros.
Desculpem-me, mas este não é o evangelho que encontro, este não é o verdadeiro significado de “GOSPEL”. Gospel é a Palavra de Deus pura e genuína, pregada sem rodeios e sem adulterações. Eu não devo me amolar ao mundo e seus costumes, é o mundo que deve ser modificado pelos meus costumes, que imitam o de Deus. O mundo não tem nada de bom a me oferecer, mas eu tenho a “vida eterna” à disposição dele. Eu não tenho que amoldar a minha igreja aos movimentos mundanos, mas tenho que levar o mover do Espírito ao mundo, não sou eu que tenho que ver o mundo de maneira “GOSPEL”, mas é o mundo que tem que encontrar em mim a verdadeira “PALAVRA DE DEUS”.
“Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.”Gálatas 1:6-10.
Da mesma forma como Paulo se admirou dos irmãos da igreja de Gálatas que depressa se desviaram da verdade do evangelho anunciado a eles, eu me admiro que nossas igrejas, foram mais rápidas ainda em se afastar da mesma verdade. Isto mesmo, não me enganei não, levando-se em conta de que em suas viagens missionárias o Apostolo Paulo não contava com a força dos escritos evangélicos e que ele somente dispunha da oralidade dos acontecimentos e desta forma os transmitia a todos. Nós por possuirmos hoje em dia a Bíblia, nos desviamos muito mais rápidos, pois temos os exemplos dos que se desviaram os alertas para não incorrermos em tais e tais coisas. Irmãos a quem estamos querendo agradar, quando pensamos em agradar a homens estamos nos enganando, estamos errando, estamos levando estes e a nós mesmos para a condenação, mas se procuramos agradar a Deus e fazer sua obra não temos com o que nos preocupar. È mais louvável pregar o evangelho puro e genuíno e chegarmos até a presença de Deus somente com a nossa alma e dizer a Ele que ninguém deu crédito as nossas pregações, do que chegar diante do Justo Juiz com um batalhão ao nosso lado e sermos condenados por não termos feito segundo a sua “GOSPEL” ou “PALAVRA DE DEUS”.
Uma frase que eu gostaria de destacar em Efésios 5 é: “[...] mas antes, ações de graças.”  Que traduzindo quer dizer: Mas antes em agradecimentos a Deus. É desta forma que devemos nos portar diante de Deus em nossos cultos.
Imaginem que em plena comemoração do carnaval pelos adeptos desta festa, e não me assusto se algum irmão me disser que o é, mas em pleno carnaval passando de  frente a uma igreja que deveria ser local de “Ações de Graças”, que deveria ter seus membros ali reunidos para agradecer a Deus por que seus filhos e filhas, seus esposos e esposas estarem livres desta verdadeira festa em louvor a carne. Não estava agindo desta forma, antes colocou uma enorme faixa bem na avenida anunciando “Grandioso Culto das Cores”. Me poupem, mas a onde esta festa é apontada na Bíblia, assim como as baladas gospel, as festas juninas ou julinas que trazem por nome arraia gospel, e a mais nova ai a festa do “NEON”.
Não acredito que somente eu esteja indignado, que somente eu esteja observando e vendo tamanhas heresias adentrarem em nossos cultos.
Como eu já disse o Senhor Jesus se furtou a estes prazeres e até o repreendeu.
Depois disto havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres. Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento da água. Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse. E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo.
E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são? O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e anda. Logo aquele homem ficou são; e tomou o seu leito, e andava. E aquele dia era sábado.” João 5:1-9.
Vejam o que o movimento causa em nosso meio, a palavra diz que este homem sofria a trinta e oito anos de uma enfermidade, e que ali junto ao tanque havia todo o tipo de doentes esperando o mover das águas para serem curados, não quero entrar o mérito se eram ou não curados, mas o certo é que de todos ali presentes somente que entrasse primeiro nas águas movidas pelo anjo sairia curado. Quantas vidas estes movimentos dentro destas igrejas tem salvado? Será que não são movimentos apenas para os jovens já convertidos, mas que não são tão convertidos assim, pois se fossem não sentiriam falta do que o mundo lhes oferece e se sentiriam felizes com a “GOSPEL” pregada e ensinada a eles. Aqueles doentes estavam tão inebriados pelo mover das águas que nem se aperceberam de que Jesus a solução definitiva para as suas enfermidades estava bem ali. Um alguém maior que o anjo que viria mover as águas, uma alguém muito superior que o “MOVIMENTO” das águas e que poderia curar a todos e não somente ao primeiro que a ele chegasse. A fé destes doentes era tão cega que Jesus tem que contrariar os outros milagres, por ele realizado. Sim esta cura foi uma contraditória as outras curas, pois nesta Jesus para chamar a atenção para si do doente lhe pergunta: “queres ser curado? E não “o que queres que te faça?”.
Sabe o que eu aprendo com isso, é que enquanto meu olhar estiver fito no movimento Jesus não tem a minha atenção. Se é necessário que haja um movimento para despertar a minha fé, então eu não alcanço a cura, a libertação. Eu não alcanço a vitória. Minha atenção tem que estar na verdadeira “GOSPEL” que não se baseia em movimentos, em festas, em cultos avivados, em mover do Espírito. O meu “GOSPEL” é a pregação da verdadeira palavra de Deus.
Desperta Igreja do Senhor, acorda enquanto é tempo.
“Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.” 2 Timóteo 4:1-5
Oro a Deus que nossos líderes sejam despertos para essa obra, que abandonem o modismo dos movimentos e que empenhem em pregar unicamente o verdadeiro “GOSPEL”, simples, mas eficaz. Tão eficaz que em Atos nós lemos que as vidas que haviam de serem salvas eram acrescentadas todos os dias à Igreja primitiva. Que logo na primeira pregação do verdadeiro “GOSPEL” três mil almas renderam-se ao Senhor. Que depois de uma pregação do “GOSPEL” cinco mil almas se converteram. Confiram Atos capítulo 2 e 4.
Não houve movimento humano, mas sim um mover espiritual que compungiu aquelas pessoas a abandonarem seus movimentos e se entregarem a Jesus reconhecendo seus pecados. Jesus se deteve a beira do tanque de Betesda para curar um homem, mas poderiam ter sido todos se eles tivessem desviado seus olhares do mover das águas e vejam que Jesus se encaminhava para uma festa, porém era uma festa judaica, uma festa religiosa. Eu não vejo igrejas anunciando este tipo de festa e olha que existem muitas.
Talvez você comente que estas são festas judaicas e que nós somos cristãos. Mas porque então inventar festas de todos os tipos baseadas nas festas mundanas e muitas semelhantes, se não posso comemorar uma festa religiosa de um povo escolhido por Deus.  Se todas estas festas que dizem respeito aos feitos deste Deus que nada mais é que o Deus que nos deu seu único Filho para morrer em nosso lugar, para que ao crermos nele obtivéssemos o direito que era exclusivo deste povo.
Vocês não acham que esta havendo alguma incoerência neste julgar?
Pense nisso!

MINISTÉRIO DE EVANGELISMO E MISSÕES NOVA DE PAZ.
EV. ANDRÉ LUIZ COUTINHO

Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina! 
Isaías 52:7


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Tiago 2:1


 “Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.” 
Carta do Apostolo Paulo aos Romanos capitulo 2 versículo 11.

Que mal lhe imputamos? Sim, que mal fizestes para estarem a margem de uma sociedade hipócrita, má, infiel, corrupta, abominável e muitos tantos adjetivos que aqui caberiam e poderiam ser utilizados para qualificar os conceitos e pré-conceitos sociais em nome dos quais, pessoas são rotuladas todos os dias. Ou por sua condição social, ou por sua raça, sua cor, sua religião, suas opções sexuais, seus vícios, seus trabalhos uns mais outros nem tanto dignos. Será que quando rotulo alguém não estou cometendo de certo modo acepção destes no meio em que vivo ou represento? O que entendo por acepção?
Primeiro temos que entender a dualidade deste termo e sua amplitude para ai sim, entendermos o que estamos causando com nossos conceitos, que na realidade se demonstrarão serem puramente preconceitos.
Preconceito é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente.

Será que estamos vivenciando um estado de acepção de pessoas ou assepsia de determinadas classes pessoas de menos favorecidas?
Durante meus anos de vivência religiosa e olha que já se vão 49 anos. Isto mesmo eu nasci em m lar religioso, onde preceitos religiosos foram eram ensinados desde nossa infância. S e certos ou errados isto não vem ao caso. Pois se assim os colocasse estaria eu incorrendo em um erro de acepção ou seria assepsia religiosa? Bem mas o que quero deixar claro é que já desde criança vivi e vivo intensamente minha vida religiosa e desde aqueles tempos tenho aprendido coisas que me fizeram crescer espiritualmente, outras nem tanto.
Mas o que experimentei na reflexão deste trabalho me deixou muito preocupado.
A religião tem o papel primordial de aproximar a criatura de seu criador, é uma busca incansável pelo sentido da vida e a complementação de tudo o que se espera da vida. Eu seria muito mesquinho se pensasse que estou neste mundo de passagem e que tenho apenas que aproveitar o que a vida me proporciona sendo bom ou ruim tenho que me conformar com o que tenho. Não estou aqui para realizar uma obra, tenho uma missão. A condição que possuo é melhor que a alguns, mas ao mesmo tempo pior que a de muitos. Porém isto não me dá direito de excluir os que estão em piores condições que a minha marginalizando-os, tendo atitudes pré-conceituosas a respeito de determinados grupos apenas por serem diferentes de mim. E não posso e nem devo aceitar que outros tenham a mesma atitude a meu respeito.
Quero deixar claro que este texto não tem cunho defensorial deste ou daquele grupo, não é uma luta de classe é apenas uma constatação.
Iniciei esta reflexão com uma citação do Apostolo Paulo que trata justamente da acepção de pessoas. Como religioso e já tendo participado de varias manifestações de crença tenho a Bíblia como regra de fé. Mas o que tenho visto são verdadeiras aberrações Teológicas que se contradizem, dependendo do segmento religioso que se está inserido. O certo é que muitos pecam pela omissão outros pelo excesso.
Se os ensinamentos de Cristo me dizem para não ter acepção de pessoas, pois o próprio Deus não a tem. Como posso impedir determinadas pessoas de entrarem em minha igreja, templo, centro, casa de oração seja lá qual for o nome que dou ao lugar em que decidi buscar a presença do criador. Mais uma vez digo que não se trata de defender ou atacar uma ou outra religião, um ou outro grupo, trata-se apenas de uma reflexão.
Como uma religião prega o amor e martiriza pessoas ou grupos, exterminando os que pensam diferente, creem diferente, comportam-se diferente, têm atitudes diferentes. O pior é imaginar que por que uma pessoa se difere da outra por sua cor ou raça e que isto me dão direito de exterminá-lo, de escravizá-lo, de aprisiona-lo, leva-lo a viver em uma condição sub-humana, dar a ele um tratamento pior do que os dispensados a um animal.
Não eu não tenho este direito, não tenho o direito de interferir nas escolhas das pessoas, mesmo que estas escolhas sejam totalmente contra meus conceitos de certo ou errado. Mesmo que a minha moral cristã me diga o contrário, tenho que observar ainda que esta mesma moral me diz que eu sou livre em minhas escolhas. E, portanto se sou livre nas minhas escolhas porque tento escravizar as outras pessoas e obriga-las a pensar igual a mim?
Não é minha posição ou opção religiosa, social, sexual, racial que determina quem pode ou não frequentar os mesmos lugares que eu. Racismo, homofobia, elitização de classe não determinam se sou melhor ou pior que alguém. É minha moral, meu caráter minha índole que me torna capaz de aceitar e conviver com pessoas de diferentes pensamentos, diferentes não. Mas pessoas livres.
Temos que acabar com esta mania de dizer que esta ou aquela pessoa esta condenada ao fogo do inferno. Não fui constituído juiz sobre ninguém, não sou senhor da vida de ninguém. Tenho que ter o entendimento que a mesma palavra que uso para condenar alguém é usada para me condenar.

Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo.Romanos 2:1
Quando julgo alguém por supor que suas práticas são pecaminosas, estou condenando a mim próprio, por estar fazendo acepção de pessoas.

A alma do ímpio deseja o mal; o seu próximo não agrada aos seus olhos.Provérbios 21:10
Como pregar que Jesus disse para amar ao próximo se minhas ações que julgo serem “santas” depõem contra mim? Como dizer que sou justo e justificado se me porto com os que julgo serem ímpios?
Os conceitos em que acredito não são os mesmo que vivo. A igreja não somente esta agindo como juiz, mas como faxineira também. Sim uma faxineira do céu.
O que a Igreja em nome de Deus está realizando hoje não é a expansão do evangelho de Cristo, primeiro ela esta querendo limpar o caminho a sua frente, na falsa intenção de ter dentro da igreja apenas as pessoas limpas e puras. Aberração Teológica. Não sou eu quem deve convencer as pessoas do seu mau caminho e sim o Espírito Santo.

Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei.
E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.
Do pecado, porque não crêem em mim; Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado. Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir.  João 16:7-13
A Igreja tem se desviado de seu principal papel, o de anunciar a Cristo as outras pessoas. Os líderes religiosos, os responsáveis pela propagação do evangelho, os fiéis todos estão imbuídos de um sentimento de limpeza espiritual que seria maravilhoso se fosse uma limpeza da própria alma. Mas não a limpeza a que se referem é a de tentar convencer o mundo e seus habitantes do pecado de cada um. Mas vamos a uma reflexão da própria ação de Jesus diante da acusação dos religiosos de sua época.

Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras.
E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava. E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; E, pondo-a no meio, disseram-lhe:
Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto, redarguidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio.
E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais. João 8:1-11
Muitos dizem ser esta mulher uma prostituta, porém e não encontro nada que dê base a esta afirmação. Se ela fosse uma prostituta ela estaria cometendo o pecado da prostituição e não o do adultério. Mas este não é o caso o caso é que Jesus após ouvir as acusações se levanta e deve ter olhado bem dentro dos olhos dos acusadores desta mulher. Esta atitude lhes causou um impacto tremendo que os fez refletir nas palavras que vieram a seguir. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.Jesus fez isto com a intenção de mostrar para cada um dos que estavam ali que não importa o pecado todos cometemos. Não existe uma escala crescente ou decrescente de pecados, não existe hierarquia na classificação de pecado. Pecado é pecado e pronto.  A própria acusação ali já estava ocorrendo em pecado. A Lei de Mosaica diz para que os dois, tanto o homem como a mulher fossem apedrejados.  A intenção de trazer apenas a mulher demonstra uma acepção de pessoas. Eles na realidade não trouxeram o homem porque ele fazia parte do grupo dos Judeus, então para preserva-lo apresentaram somente a mulher. Isto já constituiu um pecado. Fora que todos sem exceção temos os nossos pecados íntimos, ocultos. Mas Jesus é quem sonda os nossos corações e sabe das nossas intenções. E sabendo as intenções de cada um ele volta a inclinar-se e escrever na areia. Todos foram embora sem lançar uma pedrinha se quer contra aquela pecadora. Agora chegou a hora de ela ser olhada nos olhos por Jesus. “E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.” Jesus agora olha nos olhos daquela mulher e vê que ela aguardava a condenação. Sim todos nós, mesmo inconscientemente aguardamos a condenação de nossos pecados. Mas o interessante é que Jesus não só a não condenou como também não a perdoou de seus pecados. Não estou lucubrando pensamentos não. Mostre-me onde você lê que Jesus perdoou os pecados por ela cometidos. Sabe o que eu entendo aqui, não são as acusações do mundo que me fazem pecador, mas os sentimentos que eu trago em meu coração e demonstram minhas razões e minha culpa. Ninguém sabe o que levou esta mulher a pecar, quais foram as suas razões e qual o seu grau de culpa em tudo isto. Não estou dizendo que o pecador seja inimputável, não é isto. Mas o que tem levado as pessoas a cometerem seus pecados? Será que nós não temos contribuído com estes pecados, quando as acusamos? Quando nos tornamos juízes de suas vidas? Mas graças a Deus que Jesus nos deu um escape.
“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.João 8:12
Não devemos seguir aos homens e as suas doutrinas, mas somente seguir a Cristo e seus ensinamentos. Não estou dizendo ser contra Igrejas, não é isto. Mas eu digo que meus ensinamentos se baseiam nos ensinamentos de Jesus. E é este amigo que tenho que lhe apresentar. Não tenho que promover uma assepsia pecaminosa antes de lhe apresentar Jesus.

Assepsia é o conjunto de procedimentos que visam impedir a introdução de germes patogênicos em determinado organismo, ambiente e objetos. É o cuidado com a limpeza e higiene de tudo que nos cerca.
Germe patogênico é um organismo que causa doença e pode levar o organismo infectado a morte. Bem então eu devo combater todo e qualquer germe, vírus ou bactéria que possa me levar a morte, isto tanto física como espiritual. Devo combater o pecado que é o q.s.p dos germes, bactérias ou vírus que podem invadir meu organismo espiritual.

Q.S.P., em química, é a abreviação de 'Quantidade Suficiente Para'. Em Latim, Quod Satis para. Este termo é utilizado quando não se tem uma quantidade definida de um veículo líquido ou sólido, ou este varia, para se completar um determinado volume ou massa.
Então o pecado é a quantidade de um determinado mal que infectará meu ser. Veja que é uma quantidade indefinida, mas é a quantidade suficiente para infectar um organismo.
Quando falo de que a Igreja esta praticando uma assepsia pecaminosa estou afirmando que muitas se não todas as Igrejas querem em seu meio, pessoas limpas, puras, santas, purificadas de seus pecados. Mas querem ser elas o meio pelo qual esta limpeza seja realizada. Na realidade eu aprendi nestes anos que a Igreja não é capaz e nem tem a capacidade de promover esta assepsia. Imagine que uma pessoa ferida vá a um hospital a procura de socorro, chegando lá recebida por um atendente que irá fazer sua ficha cadastral, depois ela passa por uma avaliação para aferição de sua condição para saber o seu real estado e é classificada como inspira cuidados, grave ou emergência, depois ela encaminhada a um médico que define qual será o tratamento a ser aplicado a ela e lógico começando pela assepsia de seu ferimento. Não se pode tratar um ferimento sem antes esterilizá-lo, ou seja, sem antes livra-lo de todos os germes que ocasionariam uma infecção. Após a limpeza vem o tratamento medicamentoso, anti-inflamatórios, analgésicos, pontos o que for necessário será feito para que esta pessoa não sofra mais e não venha a morrer. E isto não se aplica somente ao ferimento, todo tratamento médico segue este padrão.
Bem o papel de Igreja aqui não é o de promover o tratamento, mas sim o de recepcionar o doente e cadastra-lo. Daí para frente o negócio é com o Senhor Jesus. Ia me esquecendo, muitas das vezes a pessoa procura o hospital, mas não quer se submeter ao tratamento. É escolha dela, o hospital não pode forçar ninguém a se tratar. Você conhece ou já ouviu falar de alguém que abandonou um tratamento médico na metade ou mesmo logo após iniciá-lo?
É disto que eu estou falando, nós a Igreja do Senhor Jesus temos que funcionar como um hospital  temos que recepcionar os doentes e até ir atrás dos que estão mais debilitados e não conseguem chegar até nós com as próprias pernas, temos que coloca-los em uma ambulância espiritual ou nos ombros e encaminha-los muitas vezes para a UTI do Senhor Jesus e deixar que Ele prescreva e inicie o tratamento. Se a pessoa ira continuar ou não é decisão dela e não nossa. Não temos que dar o tratamento antes de Jesus e nem tentar limpar as feridas abertas em seu lugar. Este é o papel de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Jesus não condenou aquela mulher, mas a limpou, medicou e prescreveu o tratamento. Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.”
Ele a livrou dos vírus e bactérias que queriam leva-la a morte: os seus acusadores; a tratou não a condenando e prescreveu o tratamento: “não peques mais”. Se ela segui corretamente a sua prescrição ou não, isso foi decisão dela.
A igreja tem que retornar a ser um hospital espiritual para os pecadores, tem que abandonar as práticas de acepção de pessoas. Sua única preocupação tem a de ser levar a Cristo para os que ainda não o conhecem. Não temos que criar classes excluídas, marginalizadas ou desprezadas. Temos que ir até o pecador e apresentar o “Amigo Jesus Cristo”
“Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.” João 15:15. Imagine que nos encontremos em uma festa e eu lhe apresente um amigo íntimo meu. Eu não posso forçar a você ser amigo dele, afinal você e meu amigo e ele também, mas você não são amigos, talvez sejam conhecidos, mas não amigos. A amizade entre você vai depender de como você o vê, quais os seus conceitos a respeito dele e qual a sua intenção em ter a sua amizade ou não. Também não posso determinar qual ser o grau de intimidade em sua amizade com ele, posso determinar o meu relacionamento com ele e não o seu. Assim também deve ocorrer quando apresentamos Jesus para as pessoas. Não devemos nos preocupar se ela irá ou não iniciar um relacionamento com Jesus e nem o grau de intimidade deste relacionamento. Este não é o nosso papel. Nosso papel e sermos os melhores amigos de Jesus e deixar que as pessoas notem esta amizade e os benefícios que ela nos traz. Temos que aprender e mostrar para todos a importância de reconhecermos a existência de um alguém maior do que nós e que nos ajuda a encontrar a verdadeira paz. Nós não fomos criados para realizarmos esta tarefa sozinhos.  Somente poderemos encontra esta paz após reconhecermos que Deus é capaz de cuidar de tudo o que lhe entregamos para cuidar e que não chagaremos a verdadeira paz sem antes dar este passo. Deus não pode ajudar alguém que passe a vida toda tentando fazer as coisas por si só. Deus nos ama tanto que deu seu único Filho, Jesus Cristo, para morrer em nosso lugar. Então ele o ressuscitou dos mortos para provar que era seu Filho e para nos mostrar que nós também temos direito a vida eterna. Se Ele foi capaz de fazer tudo isto sem qualquer ajuda nossa o porquê iria então querer que carregássemos outros fardos? Nós não necessitamos carregar qualquer fardo para ajudá-lo, Ele não quer isto. Deus é mais do que capaz de dirigir nossas vidas se o deixarmos, mas precisamos ter consciência que precisamos dele. E então aprender a confiar Nele, acreditar Nele, deixar que Ele assuma o controle e convida-lo a ser o Senhor de nossas vidas.
A igreja precisa urgentemente reassumir seu papel em meio à humanidade e apresentar este Deus ao mundo.
Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio?
Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?
Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de vós.  Romanos 2:21-24
Quando fazemos acepção de pessoas, quando agimos preconceituosamente, quando desprezamos ou marginalizamos os grupos na tentativa de realizar uma assepsia religiosa ou pecaminosa, não estamos realizando o trabalho que Deus designou a nós realizarmos. Na realidade estamos realizando o trabalho que julgamos ser correto e que como vimos não o é. Deixemos então o trabalho de Deus para Deus e nos atenhamos ao nosso. Que já é muito dado ao tamanho de nossa capacidade humana.
Você que por algum motivo leu este texto, espero que tenha entendido ou que pelo menos medite nele. Não quero que ele seja o divisor de águas da sua crença, mas que apenas ele abra novos horizontes dentro dos ensinamentos de Jesus para você. E você que se sente marginalizado, excluído por sua condição social, racial, sexual, religiosa ou de filosofia de vida eu quero muito que você inicie uma amizade com meu amigo intimo Jesus Cristo. Não se importe com o que dizem a seu respeito Ele, Jesus Cristo te ama e com certeza quer muito ser seu amigo também. Não prego meu ministério ou minha igreja. Não, esse não é o meu trabalho. Pode ser que muitos não concordem com isto, o que é saudável, pois demonstra a liberdade que temos. Podem até concordar comigo em minhas colocações, mas uma coisa é certa.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
João 3:16-17
A salvação é para todos e não apenas para os que se julgam escolhidos. Jesus morreu por todos. Brancos, negros, ricos, pobres, religiosos, ímpios, homossexuais, bissexuais, heterossexuais, prostitutas, ladrões, criminosos, bons e maus. Basta crer nele e em seus ensinamentos e todos têm direito a vida eterna. Ele não veio condenar, mas sim para salvar. Então se Jesus não veio para condenar, o porquê que a sua igreja quer assumir o papel de Juiz, acusador e carrasco dos pecadores.
Preocupemo-nos tão e somente em propagar o evangelho de Jesus seus ensinamentos e seu amor.
Como disse o Apostolo Paulo: Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” 
Que a fé seja o nosso depósito fiel e verdadeiro ao fim da carreira, isto é o que importa.
Que a Graça e a Paz de Jesus Cristo sempre seja abundante sobre a tua vida, que as doces consolações do Espírito Santo da Promessa lhe tragam a paz que de você necessita e que o Amor de Deus, aquele Amor Ágape, gerado pela morte de Cruz de Jesus Cristo ao assumir os meus e os seus pecados, possa nos levar ao pleno conhecimento dos planos de Deus para as nossas vidas. Que Deus apague de nossos pensamentos toda hipocrisia, preconceitos, acepção de pessoas, toda assepsia religiosa ou pecaminosa, todo o querer fazer o trabalho que é de Deus na tentativa de ajudá-lo em sua obra e que possamos encontrar a verdadeira paz.
A PAZ ENTRE OS POVOS.

MINISTÉRIO DE EVANGELISMO E MISSÕES NOVAS DE PAZ
“Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina!” Isaías 52:7
EV. ANDRÉ LUIZ COUTINHO

IGREJA PENTECOSTAL MISTÉRIO DE DEUS – IPMD – SÃO SEBASTIÃO/SP

QUANDO MUDAR UM PARADIGMA PODE SER A DIFERENÇA ENTRE A VIDA E A MORTE!

2CO. 6:14: NÃO VOS PONHAIS EM JUGO DESIGUAL COM INCRÉDULOS; PORQUANTO QUE SOCIEDADE PODE HAVER ENTRE A JUSTIÇA E A INIQUIDADE? OU QUE COMUNH...