sábado, 2 de março de 2013

DÍZIMOS, OBRIGAÇÃO, DEVER OU VOLUNTÁRIO E FACULTATIVO?


É Esta, Hoje em Dia, a Vontade de Deus?
Segunda parte.


Não vivemos mais sob a lei de Moisés, Jesus aboliu a lei por meio de sua morte.
 “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz,” Efésios 2:14-15.
E nós estamos mortos para essa lei para podermos estar vivos para Cristo.
 “Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus. Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte. Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra. Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.” Romanos 7:4-7
A Nova Aliança em Cristo permanece, ao passo que a lei gravada nas pedras, no Monte Sinai, se extinguiu.
 O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica. E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória,
Como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. Porque também o que foi glorificado nesta parte não foi glorificado, por causa desta excelente glória. Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece.” 
2 Coríntios 3:6-11
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 Não temos mais a Lei como tutora.
 Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio.” Gálatas 3:22-25.
 Quem se coloca novamente sob a lei se torna escravo, abandonando a liberdade que há em Cristo e tornando vão o seu sacrifício.
 “Dizei-me, os que quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei? Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava, e outro da livre. Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa. O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos. Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós. Porque está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz; Esforça-te e clama, tu que não estás de parto; Porque os filhos da solitária são mais do que os da que tem marido. Mas nós, irmãos, somos filhos da promessa como Isaque. Mas, como então aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que o era segundo o Espírito, assim é também agora. Mas que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre. De maneira que, irmãos, somos filhos, não da escrava, mas da livre.” Gálatas 4:21-31.
Decaído da graça e separados de Cristo são os que tornam a lei.
Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei. Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído. Porque nós pelo Espírito da fé aguardamos a esperança da justiça. Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor. Gálatas 5:1-6
Não temos o direito de retornar a essa lei, para obrigar que guardem o sábado, a circuncisão, os sacrifícios de animais, as regras especiais sobre roupas, a pena de morte para os filhos rebeldes, o dízimo e qualquer outro mandamento da lei de Moisés.
Vivemos sob a autoridade de Cristo e temos que encontrar a autoridade religiosa na nova aliança que ele nos deu através de sua morte. Ele é o mediador desta nova aliança (Hebreus 9:15). Seremos julgados por suas palavras (João 12:48-50). Desde que Jesus tem toda a autoridade, temos a responsabilidade de obedecer tudo o que ele ordena (Mateus 28:18-20).
Vejamos o que podemos aprender com os ensinamentos de Paulo.
“Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar.” 
1 Coríntios 16:1-2
Ele ensina que as igrejas devem fazer coletas nas quais os cristãos darão de acordo com sua prosperidade. Esta entrega tem que ser com amor, generosidade e alegria, conforme tencionamos em nossos corações.
E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus. De maneira que exortamos a Tito que, assim como antes tinha começado, assim também acabasse esta graça entre vós. Portanto, assim como em tudo abundais em fé, e em palavra, e em ciência, e em toda a diligência, e em vosso amor para conosco, assim também abundeis nesta graça. Não digo isto como quem manda, mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade de vosso amor. Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis. E nisto dou o meu parecer; pois isto convém a vós que, desde o ano passado, começastes; e não foi só praticar, mas também querer. Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes. Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem.” 2 Coríntios 8:5-12
Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; A sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça; Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus. Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus. Visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão, que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles, e para com todos; E pela sua oração por vós, tendo de vós saudades, por causa da excelente graça de Deus que em vós há. Graças a Deus, pois, pelo seu dom inefável. 2 Coríntios 9:7-15
 Somos livres para dar o que quisermos 10%, mais que 10% ou menos do que 10%. Temos que usar nossos recursos financeiros, e todos os outros recursos, no serviço de Deus. Não somos mandados por Deus para darmos uma porcentagem especial.
Concluindo então, posso afirma que Abrão deu “dízimo” não do que Deus lhe havia abençoado e sim do que ele havia conquistado na batalha que travou contra os opressores de Ló seu irmão. Este “dízimo” foi dado a Melquisedeque sacerdote e rei de Salém, pode-se ver que este sacerdote não era um simples sacerdote. Ele possuía bens, era um rei não era um desprovido de bens deserdado. Não teve genealogia contada na Bíblia, não havia ordenança para este “dízimo” Abrão deu então de coração, de vontade própria, não obrigado, coagido e também não era dever dele fazer isto. Não sabemos também qual foi o destino deste “dízimo”, mas o certo é que não foi para o sustento do sacerdote, ele não precisava. Vimos também que Jacó fez promessas de dar o “dízimo” ao SENHOR, isto também não era obrigação ou dever, porém ele votou este voto, mas não o vemos cumprindo-o. Abrão e Jacó eram servos na promessa de Deus em abençoa-los em tudo o que fossem fazer, vemos depois Deus fazendo uma aliança com seus servos ao ponto de mudar os seus nomes para Abraão e Israel como selo desta aliança. No entanto não os vemos os dando ou pagando os “dízimos” depois da aliança, mas nem por isto as bênçãos de Deus deixaram de se cumprir em suas vidas. Deus levanta Moisés e institui a Lei, juntamente com ela a lei dos “dízimos”, institui o sacerdócio da linhagem de Arão e este “dízimo” era para o sustento destes sacerdotes que serviam no templo do SENHOR. Aos levitas que serviam no templo eram entregues os “dízimos” a cada três anos e estes por sua vez “davam o dízimo dos dízimos” aos sacerdotes para que estes tivessem com o que se sustentar. Isto foi instituído devido à tribo de Levi, de onde se originaram os levitas, não ter sido inscrita como herdeira das terras com as quais Deus abençoou as os Hebreus, as tribos então deveriam por estatuto perpétuo manter o sustento da casa do SENHOR. O “dízimo” porém era pago em forma de produtos agrícolas e pecuários, sementes, vinho, frutas, vacas, bois, ovelhas. Este era o “dízimo” da lei o “dízimo do sustento dos sacerdotes, porque o “dízimo” anual o SENHOR Deus determina que o povo leve ao local determinado para sua adoração e ali coma-o juntamente com sua casa não se esquecendo do sacerdote da cidade. Os “dízimos” também eram para o sustento das viúvas e dos órfãos.
As verdades não ditas a respeito do livro de Malaquias.  Cem anos se passaram do retorno dos judeus à Palestina. A cidade de Jerusalém e o segundo templo haviam sido reconstruído, mas o entusiasmo inicial desaparecera. Depois de um período de reavivamento, liderado por Neemias, o povo e os sacerdotes haviam se desviado e transformado sua obediência à lei em algo mecânico e rotineiro. Embora relapsos em sua adoração e negligentes quanto ao seu “dízimo”, não conseguiam entender por que Deus estava insatisfeito com eles. O profeta Malaquias os repreendeu sua negligência quanto ao verdadeiro culto ao SENHOR, pregou a uma nação carnal, a sacerdotes corruptos e relapsos no serviço do templo. Este povo estava sofrendo as consequências carnais do pecado. Ele prometeu bênçãos materiais de Deus para aqueles que se arrependessem de sua desobediência.  Os lideres religiosos estão distorcendo a Palavra de Deus. Os que citam Malaquias 3:10 exigindo que se entregue o “dízimo”, e prometendo prosperidade material, estão distorcendo a palavra de Deus. Eles estão enchendo os seus tesouros cofres desviando a atenção de seus seguidores das coisas espirituais para darem atenção às posses materiais.
"Também, movidos pela avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme" (2 Pedro 2:3).
Somos advertidos na Bíblia sobre estes, que em proveito próprio, por avareza e ganância fazem de tudo para por as mãos no seu dinheiro, o fruto do seu trabalho. Estes sim são os espíritos devoradores, cortadores, migradores que sugam até o ultimo centavo do povo de Deus, são as sangue sugas de Provérbios 30:15: “ A sangue suga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá...
Mas Deus nos oferece coisa muito melhor, a nós os seus seguidores fiéis é reservado um prêmio céu:
 "Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as cousas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas cousas lá do alto, mas não nas que são da terra" (Colossenses 3:1-2).
Que maravilha, não há tesouro na terra que supere esta expectativa. Esta importância material não os é revelada no Novo Testamento. Não devemos nos preocupar com as necessidades que por ventura tenhamos neta vida, é garantia de Deus.
Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? (Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. Mateus 6:25-34
Mas o Novo Testamento não promete luxo, conforto e riquezas. Jesus sofreu nesta vida, e assim seus seguidores sofrerão.
E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores. E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai. Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus. Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa. E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus.” Lucas 9:57-62

E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, Que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna.”
Marcos 10:29-30
Levados à idolatria da cobiça: A preocupação com a prosperidade material nos distrai da meta celestial e nos arrasta à idolatria da cobiça (Colossenses 3:1-5). Tais motivos não têm nenhum lugar entre os cidadãos do reino de Deus.

CONCLUSÃO
"Deus ama quem dá com alegria?"
É óbvio que sim. Mas você tem se alegrado em ofertar, dar ou pagar o “dízimo”.Você tem ficado satisfeito com o destino do seu dinheiro dentro da sua igreja, da maneira como o seu pastor faz uso dele? Muitos pregadores em inúmeras igrejas pervertem os ensinamentos bíblicos sobre “dízimos” , ofertas e responsabilidades financeiras dos fiéis. Alguns o fazem por ignorância, mas a grande maioria por simples ganância. Vamos examinar, neste artigo, o ensinamento das Escrituras sobre as nossas ofertas.  Moisés não faz alusão nenhuma sobre regras para se ofertar, Abel agrada a Deus com a sua oferta enquanto a oferta de Caim e reprovada, mas vemos o padrão de Deus, não havia parâmetros. Quero crer que esta não fora a primeira vez que eles ofertavam a Deus, mas certamente foi a primeira vez que Deus se desagradou do ofertório de Caim. É o interessante é que Deus não nos revela o motivo de seu desprezo. Já falamos do “dízimo” dado por Abrão a Melquisedeque (Gênesis 14:18-24). E também não nos foi revelado o motivo e se era ou não o costume de Abrão ou do povo daquele tempo dar o dízimo de tudo que recebia. Não há lei e nem relatos bíblicos a este respeito. As pessoas que alegam algum tipo de lei geral do dízimo de tal exemplo estão ultrapassando a palavra do Senhor. Jacó jurou que, se Deus fosse com ele na sua jornada, daria o dízimo depois de voltar (Gênesis 28:20-22), mas dai alegar ou utilizar esta passagem como tema para dar ou pagar o “dízimo” já é demais. Estão colocando palavras na boca de Jacó e ações sobre sua vida que não são relatadas na Bíblia. È claro e notório que este texto se trata de um voto, uma obrigação que ele mesmo, Jacó, assumiu com Deus, e nada diz de lei ou dever imposto por Deus. Confira (Números 30:1-16; Deuteronômio 23:21-23; Provérbios 20:25). O “dízimo” na Lei de Deus dada relada a Moisés no Sinai, era obrigação dos israelitas, para eles foi destinada esta lei e não para nós.Confiram e vejam que muitas outras ofertas e sacrifícios foram ordenados a eles. Porque então somente a Lei dos “dízimos” foi herdada por nós. De Levítico a Malaquias todas as vezes que é mencionada a palavra “dízimo” refere-se ao povo de Israel.  Frequentemente cita-se Malaquias 3:6-12 para se obrigar as pessoas a dar ou pagar o dízimo, mas  que vemos ale é um povo material (os israelitas, 1:1) habitando uma terra material (Israel) produzindo frutos do campo e animais e que tinha obrigação de entregar os dízimos aos sacerdotes. Vemos também que a repreensão de Malaquias do capitulo 1 ao 3 é direcionada aos sacerdotes e para o povo que não deu a devida importância aos dízimos, foram pois repreendidos pelo Senhor por meio do profeta Malaquias e chamados a um concerto e lhes foi feita uma promessa de benção material. Utilizar o Livro do profeta Malaquias e suas palavras para fazer regras sobre dízimos é distorcer as Escrituras. Somos espirituais, salvos pela graça, logo nossas bênçãos serão espirituais. Existe sim um aspecto material em nosso trabalho, mas não podemos negar que há diferenças entre as Alianças do Antigo e do Novo Testamento, que é a igreja de hoje e a igreja do Antigo testamento que é o povo de Israel. Em Hb 1.1 podemos ver a vontade de Deus relativa ao povo israelita revelada. Jesus ensinou que a lei não fosse limitada aos livros de Moisés, veja João 10:34-35,  o povo de Israel durante 1.500 anos foi governado pela Lei. O Pai em nossos dias tem falado pelo Filho assim com pelos apóstolos, e a Nova Aliança é o que governa e rege a vida dos cristãos. Confira Hebreus 1:2; 2:1-4; 7:12; 8:6-13; 9:15. Não podemos negar ou esquecer o Antigo Testamento, com ele nos aprendemos muitas coisas importantes sobre promessas e exemplos. Mas ele, o Antigo Testamento nos é dado para servir de inspiração, de guia, de exemplo de como é o agir de Deus e sua justiça, aprender com os erros do povo Hebreu, com exemplos do Velho Testamento (Romanos 15:4; 1 Coríntios 10:6). Agora a igreja tem que ensinar as doutrinas e regras da Nova Aliança, não devemos voltar a justificação da Antiga Aliança, pois corremos o risco de perder a comunhão com Cristo (Gálatas 5:4).
Contribuições não são impostos pagos num sistema teocrático, nos ensinamentos de Cristo não encontramos a obrigatoriedade de se pagar isto ou aquilo para se obter salvação ou favor divino, não há tributação obrigatória.   A Nova Aliança coloca a oferta no contexto de um reino espiritual com uma grande e urgente missão. Um paradoxo entre o Antigo Testamento e suas leis e o Novo Testamento. É que o Novo da importância as nossas ofertas para cumprir a missão que Deus deu à igreja. Cada pessoa verdadeiramente convertida a Cristo dará conforme as suas condições por querer participar do trabalho importantíssimo da igreja. Apoiando-se nisto muitos lideres se aproveitam para colocar julgo muito pesado sobe o povo, obrigando-os por vezes a dar o que era para se pagar uma dívida, comprar o alimento para o sustento da família, sem falar, nos que não tendo nada, mas acreditando que é Deus quem esta ordenando, vendem propriedades, bens ou contraem uma dívida por acreditarem estar fazendo a coisa certa e doam tudo para a Igreja (pastores).
Deus não pede muito ao seu povo, somente que contribua conforme a sua prosperidade, mas veja ai outra contradição. Pregam que temos que dar para que Deus nos abençoe já no Antigo Testamento vemos que os “dízimos” eram entregue após a colheita, ou seja, de acordo com as bênçãos que Deus abençoasse o povo e na Nova Aliança não mudou é de acordo com a sua prosperidade. Ou seja, Deus primeiro te prosperará e depois você contribuirá de acordo com a sua prosperidade ou de acordo com a sua benção. Veja 1Coríntios 16:1-2. Este trecho nos ensina um princípio importante que nos ajuda em outras circunstâncias, embora trate dos santos necessitados de Jerusalém. Há diferenças nas necessidades, mas a regra não muda para as ofertas, estas são conforme nossa prosperidade. Quem não possui renda ou bens, não tem do que ofertar, mas quem tem um pouco que seja tem que ofertar. (veja 2 Coríntios 8:12).
Então podemos concluir que “dízimo” é para o povo de Israel, nós vivemos em novidade de vida, e na graça, não somos obrigados nem por Deus e nem por homem a dar 10%, 20% ou 90%, damos segundo a nossa prosperidade, se podemos dar mais domos mais, se não, damos de acordo com as nossas posses, mas domos com alegria, amor e sinceridade. Não é dever também, pois não há lei que nos obrigue a pagar o “dízimo”. As ofertas são voluntárias, mas não facultativas, dá quem quer, quando quer. Oferta-se porque se quer ofertar, e oferta-se o quanto se pode para o sustento da igreja, templo material, não para sustentar pessoas que querem viver bem sem ter que trabalhar para isto. Não me venha querer citar como exemplo o ocorrido com Ananias e Safira At. 5:1-11, pois o próprio Pedro diz claramente “[...] E, vendido, na estaria em teu poder...” Isto nos ensina que o que vale é o que colocamos no coração e entregamos a Deus, este exemplo é claramente contrário aos ensinamentos da doutrina dos “dízimos”. Note que pelo falar de Pedro Ananias e Safira poderiam tem ficado com a propriedade ou vendido ela e ficado com todo o dinheiro, mas no contexto do livro de atos vemos que na igreja Primitiva todos repartiam suas riquezas, seus bens e até os alimentos. O pecado do casal foi mentir quanto ao valor da venda do imóvel pretendendo ficar com o restante do dinheiro. Mentiram para Deus e não para os apóstolos (homens) isto foi o que Pedro os advertiu. Então se  eu disser que vou dar 10% e tenho condições para isto devo então dar os dez por cento, se eu disser que darei 1% terei que dar um por cento. Posso dar mais? Sim, posso dar até 100% se quiser, o que eu não posso é dar menos do que votei ou deixar de dar tendo condições e mentir dizendo que não tenho. Minha oferta tem que me alegrar, quando perguntei se você estava feliz, alegre e satisfeito com o destino do seu dinheiro, não errei não, é o seu dinheiro sim que financia missões, cestas básicas para os necessitados, visita aos doentes, encarcerados, campanhas de evangelismo, pagamento de água, luz, impostos (apesar de as igrejas serem isentas os templos alugados tem que pagar impostos e taxas), pagar aluguéis, financiar a construção de templos, etc. O que o seu dinheiro não deve pagar, salário de Pastor, salão de beleza para esposa do pastor, escola particular para os filhos do pastor, faculdade para o Pastor e sua família, o carro zero do pastor, o IPVA do carro do pastor, as viagens particulares do pastor, o aluguel da casa do pastor, o IPTU da casa do pastor.  Resumindo, tudo o que for de proveito próprio do pastor e da sua família tem que ser pago com o suor do trabalho secular do pastor. Ser Pastor não é profissão, é Sacerdócio e vocação (chamado de Deus), pastor não é funcionário ou proprietário da igreja. Por este motivo é que não se adota o chamado Sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque nas igrejas. Porque eles querem construir um império e garantir que ele não irá sair das mãos da minha família, parece com as famílias da máfia, adotam a ordem  do Sacerdócio Araônico, e desta forma perpetuam sua descendência na presidência desta que agora deixa de ser igreja e passa a ser uma organização, uma “empresa”. Deixemos de ser enganados ou de nos enganarmos a nós mesmo, tenhamos coragem de pregar contra este tipo de direção espiritual que nada tem a haver com a direção do Espírito Santo de Deus. Enquanto o povo morre, adoece, não tem lugar para morar, alimentos, remédios para suas enfermidades, hospitais e atendimento médico digno estes lideres religiosos gozam de toda a mordomia que o dinheiro pode comprar. Viagens somente de avião, hospedam-se nos melhores hotéis, comem nos melhores restaurantes, usam os melhores ternos, seus filhos cursam as melhores escolas particulares, as melhores universidades, os melhores clubes. Desculpem-me, mas isto é “obra” para se apresentar a Deus? Não me venham com aquele chavão de que “a minha obrigação é pagar o dízimo, o que o pastor irá fazer com ele é problema dele, pastor, com Deus”. Deixemos de hipocrisia meus irmãos leiam mais a Bíblia, aprendam de Cristo como se comportar, como administrar os bens que Deus coloca em suas mãos Lc. 16:1-16. Se você não cuida do seu dinheiro e não quer saber o que fazem com ele, como quer cuidar das coisas de Deus? Como quer receber benção materiais de Deus se não tem condições de administra-las?
As citações abaixo não são de minha autoria, mas as faço como se minhas fossem. Encontrei-as em meio minhas anotações sobre o tema, alguém me deu mas na me recordo quem e também não  autor, mas com eu deve ter sido iluminado pelo Espírito Santo que é o nosso tutor e mentor nestes dias.
Ofertas devem ser feitas com amor e sinceridade.
 “Não vos falo na forma de mandamento, mas para provar, pela diligência de outros, a sinceridade do vosso amor; pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos” 2Co. 8:8-9.
Alguns querem fugir das responsabilidades das ofertas alegando que assim como não há mais lei para os “dízimos” não há mandamentos para as ofertas. Para fugir da responsabilidade de ofertar, distorcem o sentido deste trecho: “Estão vendo, não é mandamento, então eu posso ofertar ou não; não faz diferença”. Isto é totalmente errado pode dois motivos principais: 
a)      A construção gramatical “Não isso, mas aquilo” é usada várias vezes no Novo Testamento para enfatizar uma coisa, sem negar a outra. É uma comparação de duas coisas, dizendo que uma é mais importante. Assim, a missão de Jesus enfatizava a salvação, sem negar o aspecto de julgamento (João 3:17; 5:22). O homem deve trabalhar para a vida espiritual, sem deixar de sustentar a sua família (João 6:27; 2 Tessalonicenses 3:10; 1 Timóteo 5:8). Paulo pregou o evangelho, mas nunca negou a importância do batismo (1 Coríntios 1:17; Gálatas 3:27). Ele não condenou o uso de vestimentas ou joias, mas enfatizou o homem interior (1 Timóteo 2:9-10; veja 1 Pedro 3:3-4). Voltando ao texto de 2 Coríntios 8:8, Paulo está dizendo que o motivo maior é o amor, sem negar a responsabilidade já dada por mandamento. 
b)       O cristão que recusa dar, dizendo que não é mandamento, não mostra o amor que Deus pede. A pessoa que tem prosperidade tem obrigação de ofertar? Sim. Deve fazê-lo principalmente por obrigação? Não. O amor sincero é motivo muito maior. O amor é citado inúmeras vezes nas Escrituras como motivo para nosso serviço. Isso inclui as ofertas.
Ofertas segundo tiver proposto no coração (2 Coríntios 9:7). O amor, a generosidade e a prontidão para a obra do Senhor são características do servo de Deus. Antes de ofertar o nosso dinheiro, devemos nos entregar ao Senhor (2 Coríntios 8:5).
Ofertas feitas para participar da graça de Deus (2 Coríntios 8:1-7). Tendemos a pensar em graças concedidas como bênçãos para nosso próprio consumo. Mas, biblicamente, graças concedidas são oportunidades para servir e glorificar ao nosso Senhor. O privilégio de participar do trabalho do reino de Deus é uma enorme bênção.
Ofertas feitas como sacrifícios agradáveis a Deus (Filipenses 4:17-18). As ofertas do cristão não são apenas o que sobra depois de satisfazer os nossos próprios desejos. Pessoas que sempre querem receber, ao invés de procurar dar liberalmente, não servem a Cristo (veja a repreensão forte de Tiago 4:1-4). Paulo disse que as ofertas são sacrifícios. Dinheiro que poderíamos empregar em outras coisas, até coisas egoístas, será doado para fazer a obra do Senhor.
Ofertas feitas para completar a obra começada (2 Coríntios 8:11). É uma coisa querer fazer uma boa obra. Podemos pensar, planejar, conversar, etc. Mas, uma vez que assumimos compromisso para fazer uma obra, devemos fazer tudo possível para cumprir a nossa palavra. Uma igreja que segue o ensinamento do Novo Testamento naturalmente assumirá compromissos. Além de cuidar dos santos necessitados (veja, além destes trechos nas cartas aos coríntios, os exemplos de Atos 4:32-37; 6:1-7; etc.), uma igreja que entende a importância de sua missão espiritual se dedicará à divulgação do evangelho e à edificação dos santos. Naturalmente, procurará oportunidades para sustentar evangelistas e presbíteros fiéis que se dedicam ao trabalho do Senhor (1 Coríntios 9:4-14; 2 Coríntios 11:8; Filipenses 4:10,15-18; 1 Timóteo 5:17-18). Uma vez que a congregação aceita a responsabilidade de sustentar um desses homens, ela deve se esforçar para completar a obra. Não seria justo pedir para um homem se dedicar ao evangelho, deixando seu emprego ou profissão, só para passar fome meses ou anos depois. Quando o povo na época de Neemias não cumpriu seus compromissos e deixou os servos de Deus desamparados, Neemias o repreendeu fortemente (veja Neemias 13:10-11).


Perguntas práticas
Quando? Em termos de ofertas na igreja, à única passagem que fala sobre quando fazê-las é 1 Coríntios 16:1-2. Cada discípulo viria de casa já preparado para ofertar no primeiro dia da semana, o mesmo dia que reunimos para participar da Ceia do Senhor (veja Atos 20:7).
Quanto? Já observamos que a lei do dízimo fazia parte da Antiga Aliança. Mas, antes de concluir que qualquer ofertinha serve, mesmo sendo uma parte muito pequena de sua renda, considere alguns fatos sobre o nosso serviço a Cristo no Novo Testamento:
" A missão da igreja na Nova Aliança é maior.
" As bênçãos em Cristo são muito superiores às bênçãos do Velho Testamento.
" As coisas de Deus devem ser primeiras nas nossas prioridades.
" É mais abençoado dar do que receber.
" Deus ama quem dá com alegria.
Nenhum homem hoje tem direito de estipular para os outros a quantia ou porcentagem da renda que o cristão deve ofertar. Mas, cada discípulo deve pensar bem sobre o privilégio e a responsabilidade de contribuir ao trabalho do Senhor. Uma vez que tudo é melhor na nova aliança, será que Deus quer que demos ofertas menores?
Como aplicado? Dinheiro dado para o trabalho da igreja deve ser aplicado exclusivamente nas coisas que Deus autorizou que a igreja fizesse. Os homens que desviam o dinheiro da oferta para criar ou manter instituições humanas ou outras obras não ordenadas pelo Senhor estão ultrapassando a doutrina dele (veja 1 Coríntios 4:6; 2 João 9).
Administrado por quem? No Novo Testamento, o dinheiro da igreja sempre foi administrado por homens fiéis e responsáveis. No início, os apóstolos recebiam as ofertas (Atos 4:37; 5:2). Mais tarde, os presbíteros recebiam o dinheiro dado (Atos 11:30). Sabemos que o trabalho de administrar, supervisionar e guiar a igreja local cabe aos presbíteros (veja 1 Timóteo 3:5; 5:17). Em Atos 6:1-7, homens sábios, espirituais e de boa reputação foram escolhidos para administrar um aspecto do trabalho da congregação. Quando dinheiro foi levado de uma cidade para outra, mensageiros fiéis foram eleitos nas igrejas, assim evitando qualquer tipo de escândalo (2 Coríntios 8:19-23).
Considerações finais
Amados, não quero que vos desviem de suas crenças e de suas convicções, não propus este ensinamento com o intuito de confrontar esse ou aquele pastor, esse ou aquele ministério. Fico ainda com a palavra de Deus e seus ensinamentos. “Irmãos, cada um permaneça diante de Deus naquilo em que foi chamado.” Confira na integra o texto de 1Co. 7:17-24. Não importa no que você baseou a sua fé, o importante é saber que somos livres em Cristo, e esta liberdade nos garante o direito de tudo ser possível naquele que nos fortalece Fl. 4:13. Se já somos livres ao voltemos à escravidão, mas tenhamos a certeza de que com os irmãos temos comunhão. Sigamos á Cristo todos os dias e nossa vida, sem olhar para e as condições são favoráveis ou não, preguemos a tempo e fora de tempo como Paulo ensina a Timóteo. Mas não nos digladiemos uns aos outros, não julguemo-nos e nem nos difamemos. Tenhamos sempre em mente as palavras do Apostolo Paulo. “Todas as cousa são lícitas, mas nem todas me convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.” 1 Co. 10:23. Busquemos, pois as coisas que são do alto que edificam e são conveniente aos santos, façamos a vontade de nosso SENHOR e Salvador Jesus Cristo. O certo amados é que “dízimo” não salva ninguém, “dízimo” não garante bênçãos ou maldições sobre a sua vida. Quando vocês dizem que a fé sem obras é morta, julgo serem estas obras que vivificam a fé, obras da graça, pois em Rm. 3:28 está claro: “Concluímos, pois, que  homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei”. Então amados as obras da lei já foram extintas, sendo que o que me justifica é minha fé que é pela graça: “E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça”. Creio sim que as obras que vivificam a fé é o fruto do espírito. Gl. 5:22-23 “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas cousas não há lei”.
Nós os seguidores de Cristo gozamos do grande privilégio de participarmos do trabalho do reino do Senhor. Sejamos fiéis em cumprir este compromisso com Deus.
“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”. 2Tm. 4:7

GRAÇA E PAZ AOS AMADOS IRMÃOS
Ev. ANDRÉ LUIZ COUTINHO
Min. De Evangelismo e Missões Novas de Paz.
“QUE FORMOSOS SÃO SOBRE OS MONTES OS PÉS DO QUE ANUNCIA AS BOAS NOVAS”. Is 52:7

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