domingo, 28 de setembro de 2014

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA TEOLOGIA DO BATISMO DA IGREJA PRIMITIVA E DOS APÓSTOLOS.

Na ânsia de promover um estudo mais contundente sobre o Batismo em nossos dias e focado nos ensinamentos bíblicos dos Apóstolos e contidos no Novo Testamento. Que pudesse ser ministrado em nossas Igrejas de uma maneira simples e direta e que surtissem nos novos convertidos um efeito de busca incessante de mudança interior me orientou na produção deste. Não se trata de um manual, mas sim um auxilio aos professores e pastores que queiram de uma maneira prática e bíblica ensinar e educar suas ovelhas da importância do Batismo nas águas e seu simbolismo para a Igreja Universal de Cristo.
Convido aos irmãos a uma viagem pelo fascinante mundo da Teologia do Batismo no Novo Testamento. Sua importância para a vida da Igreja, do fiel e sua simbologia dentro da fé em Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA TEOLOGIA DO BATISMO DA IGREJA PRIMITIVA E DOS APÓSTOLOS.
Ø  Batismo nos atos dos Apóstolos.
No inicio da expansão do evangelho de Cristo, logo após o Pentecostes, deu-se início a prática do Batismo na Igreja primitiva. À medida que os apóstolos iam anunciando as boas novas pela Judéia, Samaria e terras próximas e a todos os seus moradores e estes iam dando crédito a suas pregações iam batizando e expandindo o evangelho e dando crescimento a Igreja a medida que o Senhor ia acrescentando vidas que deveriam se salvas.
Ø  Batismo e profissão de fé.
O anuncio do evangelho por parte dos apóstolos à medida que ia sendo pregado ia se tendo uma nítida visão de sua relação com a fé e o batismo somente era ministrado aos que demonstravam possuir esta fé em Jesus e em seus ensinamentos. Ao ponto de se tornar normal receber o Batismo ao professar a fé. Isto é uma forma de confissão pública da fé e o assumir de um compromisso de vivê-la plenamente em novidade de vida na acolhia da Palavra de Deus.
Ø  Batismo e conversão.
O agir de Deus em prol do homem enviando seu filho Jesus propondo uma nova aliança e a colaboração do homem que reconhece este sacrifício e se declara impotente de prover salvação pra si e por isto necessita de Jesus para isto é consequência de uma conversão de seus maus caminhos e consequente reconhecimento do senhorio de Cristo sobre sua vida.  É justamente isto o que Deus espera de suas criaturas, porém não impõe isto de forma tirânica ou agindo como um deus usurpador. Ele deu a suas criaturas a opção de escolher o que querem para si, Ele, Deus, nos garante o livre-arbítrio. Respeita a liberdade existente em cada um para reconhecer a necessidade ou não de se achegar até Ele por meio de Jesus e somente por Jesus, sem intermediários ou atalhos. Esta é a fé genuína e a confiança dos que acabam por abraçar a fé. Que uma vez abraçada carece de mudança de conversão, não dá para continuar a fazer as mesmas coisa da antiga personalidade e passar pelo Batismo. Conversão então é exigência precípua para o Batismo em nome de Jesus e crescimento na fé.
Ø  Batismo nos escritos paulinos.
Paulo anuncia um Batismo capaz de nos tornar participantes da morte e ressurreição de Cristo. Implicitamente de suas palavras podemos aduzir sem querer inferir nos estudos a respeito do Batismo, que o comparativo esta ligado justamente ao fato de que depois que passamos pelas águas do Batismo nos tornamos novas criatura, renovada, restaurada. O homem antigo e suas paixões, pecados e vícios deixaram de existir ao ponto de sairmos das águas outra pessoa, ressuscitada no poder da Palavra de Deus e no cumprimento de sua ordenança culminada no Batismo. É um renascer das águas, uma nova vida livre da morte do pecado. Ao descer as águas do Batismo temos a representação da morte e ressurreição de Jesus é a experiência de morrer para o pecado, sepultando o antigo homem corrupto e mau, ressurgindo o novo lavado e remido à imagem de Cristo.
Ø  Batismo e a filiação divina.
O Batismo tem a capacidade de nos inserir no seio da família de Deus na qualidade de coerdeiros de Jesus e por isto filhos de Deus inserindo-nos em Cristo. O Batismo nos torna filhos de Deus. A acepção é condenada por Deus, Ele em sua essência divina não há pratica, os que se submetem ao senhorio de Cristo têm o direito de se assentarem a mesa do cordeiro e cearem.
Por tanto somos feito filhos de Deus, unidos em Cristo, filho unigênito de Deus, por intermédio do Batismo.
Por este mesmo Batismo somos vestidos com vestes novas, vestes de louvores, vestes divinas, lavados e remidos pelo sangue de Jesus. Pela força do Espírito Santo revestidos de Cristo somos levados ao um processo de identificação com Ele. Assumindo um modo de agir, pensar, sentir e ser de Jesus.
Em uma dimensão trinitária que nos une a Cristo e tornamo-nos filhos do Pai que nos dá o seu Espírito em perfeita comunhão e unidade, sem diferenças motivadoras de dissensões. Somos único, um ser novo em Jesus Cristo, ao que afirmarmos que somos filhos de Deus implica em afirmar uma fraternidade universal acima de qualquer diferença, tornando-nos membros pleno do Corpo de Cristo.
Ø  Batismo como uma nova circuncisão.
A simbologia da circuncisão que torna o individuo parte do povo Judeu, assim também podemos ter no Batismo uma simbologia de nos tronarmos filhos de Deus.
Mas não somente isto, na teologia paulina, o individuo batizado passa a assumir um compromisso de viver uma nova vida com um novo comportamento moral e ético.
Paulo vê o Batismo como uma nova circuncisão realizada pelo despir da natureza carnal, uma circuncisão de Cristo e não realizada por mão de homem, sendo sepultados e ressuscitados pela fé no poder de Deus. (cf. Cl. 2:11-13)
Ø  Batismo com ablução.
Somos salvos pela misericórdia de Deus e não por nossos atos e esta salvação é comunicada pelo Batismo, pois nele somos lavados, regenerado e renovado, pelo poder do Espírito Santo.
Quando a bondade e o amor de Deus, nosso Salvador, se manifestaram, ele salvou-nos, não por causa dos atos justos que houvéssemos praticado, mas porque, por sua misericórdia, fomos lavados pelo poder regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele ricamente derramou sobre nós, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que fôssemos justificados pela sua graça, e nos tornássemos herdeiros da esperança da vida eterna (Tt 3, 4-7).
Ø  Batismo nos escritos joaninos.
João apresenta o Batismo como um novo nascimento sendo este condição precípua para ingresso no Reino de Deus. Este “novo nascimento” seria obtido pelo nascer da água e do Espírito subentendido “Batismo”.
O homem somente pode ser renovado pelo poder de Deus que é quem cria a base para tal ato. Pela força do Espírito Santo é que o cristão tem a possibilidade de renascer para uma nova vida.  Sendo este renascer um dom de Deus.
A ação do Espírito Santo esta ligada a água e sua força evocativa de purificação e vitalidade sendo que a ação de Deus esta presente nos ritos e elementos simbólicos significativos na existência humana. É o depósito da fé de que no final dos tempos o Espírito de Deus transformará os corações de pedra, capacitando-os a seguir a vontade divina. (cf. Ez. 36:25)
É Deus que age neste “novo nascimento” é sua obra, por isto o homem somente poderá se beneficiar pela adesão à fé.
Ø  Batismo na sua relação com a cruz.
A morte vicária de Cristo esta expressa no amor “Ágape”, amor incondicional expresso na cruz do calvário. João se utiliza disto para levar seus leitores a entender que a morte de cruz foi à exaltação suprema deste amor. O sangue e a água que brotaram do coração de Jesus crucificado segundo estudiosos é uma alusão feita pelo evangelista simbolizando a Santa Ceia do Senhor e o Batismo, sangue e água respectivamente, frutos da cruz. Sendo que a atuação do Espírito se dá por meio da água e é pela elevação de Jesus que este Espírito é dado. Sendo correto dizer que esta é a fonte eficaz do Batismo no qual é conferido o Espírito Santo de Deus e que estão intimamente ligados na paixão e mote de Cristo e sua glorificação, adquirindo sua força nesta morte de cruz.
Ø  Relação entre Batismo e a Santa Ceia do Senhor.
Segundo os estudos aqui realizados João deixa subentendido nos versículos apresentados o Batismo e sua relação com a Santa Ceia do Senhor.  Ao se referir a água e ao sangue ele os correlaciona ao Batismo e a Santa Ceia. Batismo e mistério existente no Sacrifício Vicário de Crist em sua morte de cruz, são marcos por meio dos quais Jesus realizaria a sua obra de salvação.
O Espírito, a água e o sangue são os que dão as futuras gerações testemunho da obra salvífica de Cristo, indicando o caminho pelo qual é atualizada a sua missão de salvação.
O Batismo e a Ceia do Senhor simbolizam o caminho aberto pelo Espírito para que sejam transmitidos aos fiéis os frutos da redenção de Cristo Jesus, pelo mesmo caminho o agir salvífico de Deus atua ininterruptamente por meio da anunciação do evangelho e celebração pelas quais a Igreja transmite vida e a esperança ás novas gerações.
Ø  Batismo na primeira carta de Pedro.
O apóstolo Pedro apresenta um paradoxo entre dilúvio e Batismo. Ele aponta o dilúvio como um acontecimento destruidor e salvífico, o mesmo ocorrendo com o Batismo não no contexto de purificação, mas de aceitação de um compromisso consciente para com Deus por meio da ressurreição de Cristo.
Esta relação feita simbolicamente por meio da água que purifica e ao mesmo tempo salva, no lugar da destruição do dilúvio esta a salvação. Pelo batismo se é chamado a viver em novidade de vida como nova criatura.
Ø  Batismo e sacerdócio universal.
Pedro apresenta o Batismo na prefiguração de um sacerdócio universal com toda a riqueza de um novo viver e suas exigências morais de empenho para construção da casa de Deus, rejeitando toda a maldade, mentira, hipocrisias, inveja e maledicência desejando o leite inalterado da palavra como crianças recém-nascidas, crescendo desta forma para a salvação. (cf. 1Pe 2:1-5)

O isolamento não será vivido pelo batizado, ao contrário juntamente com a sua Igreja e comunidade irá construir um caminho e um templo espiritual para oferecer a Deus sacrifícios espirituais, não um templo material, mas formando dentro de si o caráter de Cristo transformando-se em templo vivo e morada do Espírito Santo.  A verdadeira Igreja viva então é a comunidade destas pessoas que professam a mesma fé e possuem o mesmo caráter imutável de Cristo, não são templos feitos de pedra e erguidos pelas mãos dos homens. Esta é a capacidade da universalização da fé por meio do Batismo.
IGREJA PENTECOSTAL MISTÉRIO DE DEUS.
MINISTÉRIO DE EVANGELISMO E MISSÕES NOVAS DE PAZ
EVANGELISTA ANDRÉ LUIZ COUTINHO
"Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina!" Isaías 52:7

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

DIREITOS HUMANOS SEU SURGIMENTO. JESUS NO COTEXTO DA SOCIEDADE E POLITICA DE SUA ÉPOCA


O nascimento dos direitos humanos no contexto das revoluções liberais da Europa. E a dimensão social do cristianismo.
Não se pode ignorar que cidadania e direitos humanos andam lado a lado, garantido que apesar das valiosas vitórias obtidas com sacrifício e luta de muitos, estas conquistas não um processo findo, o progresso, desenvolvimento cientifico e tecnológico, as novas demandas e aspirações do homem moderno vão sendo incrementada exigindo constante renovação e luta para que sejam garantidas de forma eficaz as prerrogativas para o exercício da plena cidadania. 
Os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, oriundos da Revolução Francesa e que também nortearam a Revolução Americana, inseriram no cenário mundial um novo modelo de Estado. Embora estes ideais tivessem como fonte inspiradora a burguesia, foram de grande valia e aliados as lutas sociais crescente em vários países, inclusive no Brasil. Os conceitos de cidadania voltados para uma conduta positivista de participação e os direitos humanos uniram-se historicamente ao ponto de ser impossível desassociá-los.
Tendo por certo o predecessor dos direitos humanos urgiram na Grécia antiga sob a alcunha de direitos naturais, aquele direito que é eterno, imutável e universal, anterior a qualquer outro. Tido como direitos básicos, fundamentais, direitos internacionalizado, os direitos humanos eram vistos como um direito de defesa ou como uma função de prestação, direitos negativos e positivos respectivamente, porém atualmente visto como direito de participação, que exige do Estado condutas positivas e negativas.
Enquanto a cidadania passa a garantir ao cidadão o direito de exigência de conduta negativas e positivas do Estado, o que não passa de uma cobrança enfática de implementação de direitos individuais e sociais e que estão ligados aos direitos humanos, direitos estes primordiais na garantia da participação plena da vida social. Sendo este o elo entre seus conceitos e os de cidadania. Tendo em conta que cidadania é o direito de participação na sociedade e que para seu livre exercício se devem resguardar a cada cidadão os princípios de direitos básicos, como, vida, moradia, educação segurança entre outros e em se considerando estes como direitos básicos particulares á qualquer cidadão, conclui-se que a simples violação a estes torna-se um conseqüente prejuízo a cidadania.
E é neste contexto que surge a preocupação principal da cristandade desde os tempos apostólicos. Esta preocupação irá resultar em ensinamentos das Sagradas Escrituras, pautados nos exemplos altruístas e de compaixão do próprio Jesus.Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?” João 6:5”.
As circunstâncias difíceis em que viviam os cristãos dos primeiros séculos, geralmente em situações de exclusão e isolamento e perseguição, não os impediram de continuar exercendo a caridade como na época dos apóstolos. Confira Atos dos Apóstolos cap. 2:42ss.
Uma das características marcante da Igreja nesta época e que impressionava era o “amor fraternal”, pouco acostumado com esta maneira de expressão os pagãos se surpreendiam.  Confira a epistola de Inácio de Antioquia aos Esmirnenses do inicio do segundo século.
Nestes tempos muitos cristãos procuravam socorrer os menos favorecidos com esmolas e a própria igreja como comunidade ampliou suas ações de caridade que resultou em um crescimento da igreja de Roma e que tornou conhecida sua generosidade.
Com as invasões bárbaras o papel da igreja cristã, nas pessoas de seus lideres e bispos prestou um primordial serviço no assistencialismo aos afligidos, mantendo hospitais, albergues, orfanatos e assistindo viúvas e pessoas carentes entre outras entidades.  Valorizando o ofício diaconal, transformou-se o diácono em assistente pessoais dos bispos, encarregados diretamente das atividades beneficente da comunidade.
O surgimento do monasticismo foi outro importante acontecimento na área da ação social da igreja, Inspirados pelos ensinamentos de Jesus muitos foram levados a renunciar o mundo e dedicar-se exclusivamente a Deus, realizando os votos de pobreza, castidade e obediência. Mesmo com seus aspectos negativos, é inegável as contribuições destas instituições para a igreja e a sociedade durante a idade média. Principalmente na área de missões, preservação da cultura e educação. Sua importância também pode ser notada durante os períodos de guerra, calamidades, epidemias.

O seguimento de Jesus não político, e as implicâncias sociais.
Seus adversários por muitas das vezes tentaram o colocar em situações constrangedoras e sem saída. Na passagem do ensinamento no templo lhe perguntam se é lícito as pessoas pagarem impostos. Uma negativa causaria a acusação de ser Ele um rebelde e assim alimentar o espírito de revolta dos que se sentiam oprimidos pelo governo romano. Já uma resposta positiva, faria com que muitos pesassem ser Ele um apoiador das injustiças que sofriam.
Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”Lucas 20.25:26
O significado brilhante desta resposta significa que todos, inclusive seus seguidores tem suas obrigações para com Deus e com os governos terrenos. Em contra partida à manter a ordem, os governos cobram honestidade aos seus cidadãos, exigindo corretamente o pagamento de impostos e cumprimento de suas leis.
O Senhor Jesus havia sido criado por pais que cumpriam a lei. Confira o evangelho de Lucas capitulo 2.
Da mesma maneira Jesus cumpria a lei pagando impostos que não precisava pagar, tomando desta forma, cuidado para não ir além de sua autoridade e não se envolver em assuntos seculares. Não se deixava envolver com os governos, mas os respeitava. Isto demandava uma total abstinência do contexto político, mas que ao mesmo tempo surtia uma grande influência no contexto social.
Na segunda parte de sua resposta “[...] e a Deus o que é de Deus.” Fica clara a sua intenção em se posicionar ao lado dos menos favorecidos, dos que eram oprimidos e subjugados pelas ações do Estado.
Em outra ocasião lhe questionaram a respeito de qual seria o maior dos mandamentos e a sua resposta foi: “‘E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Mateus 22:37-39.
Aqui Ele nos ensina que concernente a “dar a Deus o que é de Deus” o imperativo é o amor. Primeiro o amor irrestrito, pleno e leal a Deus. Mas reflitamos.
Podemos ser leais a Deus e seu governo celestial e ao mesmo tempo sermos leais aos nossos modelos de governos terrenos?
Muitos diriam que não e baseariam sua afirmativa no evangelho de Mateus 6:24. Errôneo quem pensa que nesta passagem Jesus se refere ao participar ou envolver-se na política. Seu posicionamento aqui é justamente contra ostentação e apego a riqueza, ao depositar sua confiança dinheiro. Veja que Jesus se refere a Mamom.
Mamon é um termo, de origem hebraica (מָמוֹן) para descrever riqueza material, cobiça, ganância, avareza, o terceiro dos pecados capitais. Sua aparência o relaciona também a uma pessoa deformada, com um saco de ouro moedas de ouro nas costas pronto para subornar os seres humanos e arrebatar suas almas é visto também como um abutre com dentes capazes de estraçalhar as almas humanas.
(ICP,2004)
Quando nos dedicamos a uma analise do comportamento social de Jesus em seu tempo, as coisas não são tão claras. Não podemos o isolar simplesmente do contexto social de seu mundo ou criaremos um mito.
A companhia do Mestre eram os pobres, oprimidos, marginalizados, doentes, mortos, etc. O inicio de seus milagres é por esta classe social desprovida de qualquer apoio social e econômico do Estado. Ele se torna um marco revolucionário em sua época, contradiz tudo e todos em prol de saciar a sede e matar a fome dos necessitados. Uma das tradições farisaica diz Afasta-te dos pobres, dos pecadores, porque aos malditos”. A condição de vida dos pobres lhes impediam de praticar a Lei. Portanto, concluía-se que eram pecadores. Mas Ele, Jesus, da o exemplo e ao contrário aproxima-se e defende os necessitados, pobres e oprimidos.
Seu conflito com os poderosos e os governantes esta latente nos evangelhos. Em Jerusalém os Escribas, Fariseus, os Sumos Sacerdotes e os Saduceus são alvos, chicoteia os vendilhões do Templo e declara que o Templo, que significava o sistema governamental da época chagará ao fim. Na passagem em que amaldiçoa a figueira temos a clara visão de repudio ao símbolo do sistema Judaico.
Era um sistema teocrático, um Estado religioso, as leis da época eram a Bíblia, o Pentateuco e a constituição, o código penal e o código.
A sociedade era piramidal composta pela classe alta, classe rica, classe intermediária e a classe baixa se concentravam a maior parte da população, tratados nos evangelhos por “multidão”. Uma verdadeira massa de pessoas desordenada, abatida e oprimida. E é neste cenário que Jesus declina as  bem aventuranças, multiplica os pães e os peixes, cura leprosos, cegos, coxos, expulsa demônios, perdoa pecados e consuma sua obra vicária na morte de cruz.


BIBLIOGRAFIA


SOCIOLOGIA, Material do Curso de Gestão Empresarial – FATEC – São Sebastião 2012.

DEMONOLOGIA, HISTÓRIA DA IGREJA E DOUTRINA DOS APOSTOLOS, Curso Médio de Teologia do Instituto Cristão de Pesquisas – ICP – SP, 2004.

KELLER, E.D e MAZULA, Pe. R – História da Igreja Moderna e Contemporâne  –– Claretiano – Batatais, 2013


BÍBLIA APOLOGÉTICA COM APÓCRIFOS, ARC – ICP – RJ, 2014.

QUANDO MUDAR UM PARADIGMA PODE SER A DIFERENÇA ENTRE A VIDA E A MORTE!

2CO. 6:14: NÃO VOS PONHAIS EM JUGO DESIGUAL COM INCRÉDULOS; PORQUANTO QUE SOCIEDADE PODE HAVER ENTRE A JUSTIÇA E A INIQUIDADE? OU QUE COMUNH...